Blinken, que se tem desmultiplicado em contactos diplomáticos desde a escalada do conflito, deverá encontrar-se com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, segundo a agência francesa AFP.
O chefe da diplomacia norte-americana tem estado a negociar a entrada de ajuda humanitária em Gaza e a saída de estrangeiros do enclave através da fronteira com o Egito.
Blinken especificou nas redes sociais que se deslocou nos últimos dias a Israel, à Jordânia, ao Bahrein, ao Qatar, aos Emirados Árabes Unidos, à Arábia Saudita e ao Egito.
"O que ouvi de todos os parceiros foi uma visão partilhada para evitar que o conflito se alastre, para salvaguardar vidas inocentes e para fazer chegar a assistência às pessoas que dela necessitam em Gaza", afirmou.
Blinken disse que os Estados Unidos "também estão a trabalhar ativamente para garantir que a população de Gaza possa sair do perigo e que a assistência de que necessitam - alimentos, água, medicamentos - possa entrar".
"O Hamas não se importa que os palestinianos sofram", acrescentou.
Os Estados Unidos reafirmaram o apoio a Israel, seu tradicional aliado no Médio Oriente, depois do ataque sem precedentes do Hamas em território israelita em 07 de outubro.
Os operacionais do Hamas mataram mais de 1.400 pessoas em várias vilas e num festival de música, maioritariamente civis, de acordo com as autoridades israelitas, que consideraram tratar-se de um massacre terrorista.
Também foram feitos 199 reféns, incluindo estrangeiros, que o Hamas ameaçou matar se Israel não parasse os bombardeamentos que se seguiram contra a Faixa de Gaza.
Os bombardeamentos causaram cerca de 2.750 mortos na Faixa de Gaza, segundo as autoridades locais.
Israel declarou guerra ao Hamas e tem em preparação um ataque terrestre contra a Faixa de Gaza, um pequeno território com 2,3 milhões de habitantes.
A ONU calcula que a atual guerra entre o Hamas e Israel provocou um milhão de deslocados na Faixa de Gaza em 10 dias.
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