Chanceler alemão avisa Hezbollah e Irão para não se envolverem na guerra
O chanceler alemão, Olaf Scholz, avisou hoje o grupo xiita libanês Hezbollah e o Irão para não se envolverem no conflito entre Israel e o Hamas, sublinhando que, se o fizerem, cometem "um grave erro".
© Michael Kappeler/picture alliance via Getty Images
Mundo Israel
"Aviso claramente o Hezbollah e o Irão contra um envolvimento neste conflito. Estariam a cometer um erro grave", afirmou Scholz numa declaração, realizada no Cairo, em conjunto com o Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, com quem discutiu hoje a situação em Israel e Gaza.
"Falámos em profundidade sobre a situação humanitária em Gaza. É claro para nós que os palestinianos não são o Hamas e o Hamas não tem o direito de falar em nome dos palestinianos", acrescentou Scholz.
"O Hamas faz reféns civis inocentes e utiliza-os como escudos humanos. O nosso objetivo é proteger os civis e fazer algo em relação ao sofrimento humano", disse o chefe do Governo alemão.
O chanceler referiu ainda o ataque realizado na terça-feira a um hospital em Gaza, que matou centenas de pessoas, defendendo que o caso tem de ser esclarecido, mas acrescentando logo de seguida que "o Hamas, com o seu horrível ataque terrorista de 07 de outubro, causou dor a Israel e, na sequência, talvez também ao povo de Gaza".
O movimento islamita Hamas acusa Israel pelo ataque, enquanto os israelitas atribuem a explosão à organização palestiniana Jihad Islâmica.
Scholz, que visitou Israel na terça-feira para demonstrar o apoio da Alemanha àquele país do Médio Oriente, voltou hoje a condenar a posição do Hamas, referindo que "o ataque dos terroristas do Hamas contra Israel não pode ser justificado por nada nem por ninguém".
O chanceler admitiu ainda que a resposta de Israel é legítima, considerando que "qualquer Estado tem o direito e a obrigação de se defender contra um ataque terrorista para proteger a sua população. O Estado de Israel também tem esse direito".
O grupo islamita Hamas atacou Israel de surpresa no dia 07 de outubro, lançando milhares de foguetes e fazendo avançar milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel tem vindo a bombardear várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
A guerra, que já dura há 11 dias, já provocou pelo menos 5.000 mortos.
Presente hoje no Cairo, Scholz adiantou querer, "em conjunto com o Egito, colaborar no alívio das graves consequências da guerra", lembrando que o Egito, "como vizinho [do conflito], o é diretamente afetado pela situação".
"Estamos a trabalhar juntos para que haja acesso humanitário a Gaza o mais rapidamente possível. As pessoas de lá precisam de água, alimentos e medicamentos", adiantou, garantindo que a Alemanha, assim como o Egito, "não abandonarão o povo".
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