De acordo com a agência responsável pelos parques nacionais (UWA), os turistas eram de nacionalidade britânica e sul-africana e o guia ugandês.
"Este é um ato cobarde de terroristas que visam civis inocentes e uma tragédia para o casal recém-casado, que estava de visita ao Uganda em lua-de-mel", escreveu o Presidente Yoweri Museveni numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).
O ataque foi perpetrado por volta das 18:00 locais (16:00 em Lisboa) na parte norte do parque "por um pequeno grupo de terroristas" que "pagarão com as suas miseráveis vidas", acrescentou o chefe de Estado, no poder neste país da África Oriental desde 1986.
O porta-voz do exército, Felix Kulayigye, declarou, em comunicado, que uma força combinada do exército, da polícia e da UWA "mobilizou todos os recursos (...) para perseguir os terroristas e assegurará que sejam responsabilizados pelos atos hediondos cometidos".
O EI reivindicou a responsabilidade pelo ataque num comunicado divulgado hoje, afirmando que os atacantes tinham matado "três turistas cristãos (...) incluindo um britânico" utilizando metralhadoras.
A polícia ugandesa tinha anteriormente atribuído o ataque às Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês), um grupo de milícias baseado no leste da República Democrática do Congo (RDCongo) que prometeu fidelidade àquele grupo extremista islâmico.
As ADF são acusadas de terem massacrado milhares de civis na RDCongo nos últimos anos e de ter efetuado ataques fundamentalistas islâmicos em solo ugandês.
O Reino Unido, depois de sublinhar que "os atacantes continuam a monte", desaconselhou os seus cidadãos de "todas as deslocações, exceto as essenciais" para o parque, situado no sudoeste do país e que faz fronteira com a RDCongo.
"Se o puderem fazer em segurança, devem considerar abandonar a zona", acrescentou o Governo britânico.
A França também apelou aos seus cidadãos para que sejam "prudentes" e "sigam as instruções das autoridades locais", numa mensagem na rede social X.
Um funcionário sul-africano afirmou que as autoridades consulares estavam em contacto com a família do cidadão sul-africano morto no ataque.
O ataque ocorreu dois dias depois de Yoweri Museveni ter dito que as forças de segurança tinham impedido ataques a igrejas atribuídos às ADF.
O Presidente salientou ainda que o exército ugandês efetuou ataques aéreos contra as ADF no sábado em quatro localidades democrático-congolesas perto da fronteira entre os dois países.
O grupo rebelde foi criado no início da década de 1990 por muçulmanos ugandeses que se diziam marginalizados pelas políticas de Museveni.
Na altura, os rebeldes organizaram ataques mortíferos no Uganda.
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