Caputova defendeu que Rudolf Huliak, nomeado pelo Partido Nacional Eslovaco, ultranacionalista e pró-russo, não poderia garantir um bom funcionamento do ministério por se opor a políticas ambientais de longo prazo e às obrigações internacionais do país.
"Um candidato que não reconhece o consenso científico sobre as alterações climáticas e que afirma que uma crise climática não existe, não pode estar no comando e representar um ministério cujo papel principal é a proteção da natureza, da paisagem e do sistema climático terrestre", disse Caputova num comunicado.
A chefe de Estado eslovaca mencionou também posições de Huliak em prol da violência contra ambientalistas como uma razão para não poder ocupar o cargo.
Huliak, o presidente da câmara da cidade de Ocová atacou também pessoas da comunidade LGBTQ, a União Europeia e expressou ideologias pró-russas.
O Partido Nacional Eslovaco disse hoje não estar pronto para aceitar o pedido da Presidente para a nomeação de outra pessoa.
Huliak é o mais controverso dos candidatos ao governo apresentados a Caputova pelo ex-primeiro-ministro populista, Robert Fico, cujo partido esquerdista Smer conquistou o maior número de assentos nas eleições parlamentares de 30 de setembro.
O partido de Fico conquistou 42 de 150 assentos no Parlamento, após a sua campanha com argumentos antiamericanos e pró-russos. O mesmo prometeu retirar o apoio militar eslovaco à Ucrânia.
A precisar de parceiros de coaligação para garantir uma maioria parlamentar, Fico assinou um acordo com o partido esquerdista Hlas e com o Partido Nacional Eslovaco para um governo conjunto, que lhe abre caminho para ser chefe de governo pela quarta vez.
O Hlas terá sete ministros e o Partido Nacional Eslovaco terá três.
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