Fronteira de Rafah encerrada após passagem de 20 camiões de ajuda médica

As autoridades que gerem o posto fronteiriço de Rafah, que liga Egipto e Faixa de Gaza, encerraram hoje a passagem depois de terem passado 20 camiões de ajuda humanitária acordados nesta primeira missão e não há informações sobre uma futura reabertura.

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Lusa
21/10/2023 13:51 ‧ 21/10/2023 por Lusa

Mundo

Khaled Said

A "passagem está fechada de ambos os lados, tanto do lado egípcio como do lado palestiniano, depois de os 20 camiões que entraram (na Faixa) pela passagem de Rafah terem descarregado a sua carga e regressado a solo egípcio", disse o presidente do Crescente Vermelho do Sinai do Norte, Khaled Said.

Said sublinhou que os fornecimentos entregues ao lado palestiniano de Rafah são "apenas ajuda médica".

Nenhum dos carregamentos incluía combustível e que não se sabe quando será feita uma nova entrega de ajuda ao enclave palestiniano nem quantos camiões poderão entrar.

O responsável referiu que "não há qualquer informação sobre a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza" e sublinhou que "ainda não se sabe nada" sobre quando e como isso poderá acontecer.

O Crescente Vermelho egípcio anunciou em comunicado que levou hoje para a Faixa de Gaza uma segunda remessa de ajuda humanitária para entregar ao Crescente Vermelho Palestiniano, uma vez que o primeiro carregamento foi entregue em 09 de outubro, antes da entrada em vigor do bloqueio total da Faixa ordenado pelo ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant.

"A ajuda foi preparada com necessidades médicas e de socorro básicas e com base nas necessidades do Crescente Vermelho Palestiniano", refere a nota, que detalha que o dispositivo foi coordenado com as agências estatais para facilitar a passagem dos camiões a partir da passagem de Rafah.

O diretor adjunto do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla inglesa) nos territórios palestinianos, Andrea De Domenico, admitiu à agência de notícias espanhola Efe que esta ajuda não será suficiente para os palestinianos em Gaza, onde vivem 2,3 milhões de pessoas, 1,4 milhões das quais deslocadas internamente devido aos bombardeamentos israelitas na parte norte do território.

De Domenico afirmou que estão a decorrer "negociações" entre as partes envolvidas para que a entrega da ajuda seja "sustentável" ao longo do tempo.

Do lado egípcio de Rafah, os voluntários disseram à Efe que não entraram ambulâncias nem camiões de combustível e que a ajuda é prestada pelo Crescente Vermelho egípcio e pelas ONG que fazem parte da coligação governamental Aliança Nacional para o Desenvolvimento Civil.

Neste momento, a Nova Capital Administrativa do Egito, perto do Cairo, acolhe a Cimeira da Paz, que reúne 54 líderes internacionais para abordar o conflito, e na qual o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que a Faixa de Gaza requer "uma entrega contínua de ajuda à escala necessária".

No passado dia 07 de outubro, o movimento extremista islâmico Hamas, que governa Gaza, atacou Israel e, como represália, o território tem sido bombardeado desde então.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

[Notícia atualizada às 13h53]

Leia Também: "Portugal saúda a entrada da primeira coluna humanitária em Gaza"

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