"Vamos intensificar os ataques com o objetivo de minimizar o perigo para as nossas forças nas próximas fases da guerra. Vamos aumentar os ataques a partir de hoje", disse o porta-voz Daniel Hagari quando questionado sobre uma possível invasão terrestre em Gaza.
Em declarações aos jornalistas, o porta-voz do Exército israelita avançou que os seus militares estão a tentar criar, com antecedência, "condições ideais".
Hagari repetiu o apelo aos residentes de Gaza para que, por segurança, se dirijam para sul.
Este anúncio acontece no dia em que a passagem de fronteira entre o Egito e Gaza foi aberta, e logo depois encerrada, para deixar passar camiões com ajuda humanitária.
Foi autorizada a entrada de apenas 20 camiões, uma quantidade que as organizações humanitárias consideraram insuficiente para enfrentar uma crise sem precedentes.
Mais de 200 camiões com mais de três mil toneladas de ajuda humanitária aguardam há dias para passar.
Estima-se que mais de 2,3 milhões de palestinianos de Gaza, metade dos quais refugiados, estejam a racionar alimentos e a beber água não potável.
O grupo islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impondo um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
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