Meteorologia

  • 16 NOVEMBER 2024
Tempo
14º
MIN 14º MÁX 21º

China detém executivo de empresa estrangeira por suspeitas de corrupção

A China deteve um executivo de uma agência de comunicação estrangeira por alegada corrupção, confirmou a empresa-mãe WPP, numa altura em que grupos estrangeiros estão preocupados com o ambiente empresarial na segunda maior economia mundial.

China detém executivo de empresa estrangeira por suspeitas de corrupção
Notícias ao Minuto

09:08 - 24/10/23 por Lusa

Mundo China

Estes receios foram agravados após consecutivas rusgas e interrogatórios a empresas de consultoria norte-americanas, nos últimos meses.

As empresas estão também preocupadas com a nova versão da lei de contraespionagem, que entrou em vigor em julho e que ampliou significativamente o leque de ações que podem ser consideradas ameaças à segurança nacional.

Na segunda-feira, o gigante britânico da publicidade WPP disse que um executivo de uma das suas filiais, a agência de comunicação GroupM, estava detido na China por acusações de corrupção.

O WPP está a "cooperar com as autoridades e a conduzir a sua própria investigação com uma terceira parte independente", disse o grupo, citado pela agência France Presse, acrescentando que "rescindiu" o contrato do funcionário.

O jornal britânico Financial Times noticiou na sexta-feira que os escritórios do GroupM em Xangai, a "capital" económica da China, foram alvo de uma rusga e que um executivo foi detido.

No sábado, a polícia de Xangai disse ter "resolvido um caso de corrupção comercial" e detido três suspeitos, entre os quais "um publicitário".

O comunicado não especificava a empresa em causa.

Sob os suspeitos recai a acusação de terem "tirado partido da sua posição, entre 2019 e fevereiro de 2023, para aceitar somas avultadas em subornos", lê-se na mesma nota.

Isto surge após vários meses difíceis para as empresas estrangeiras na segunda maior economia do mundo.

Em maio passado, as autoridades chinesas realizaram rusgas nos escritórios da Capvision, uma empresa de consultoria com sede em Nova Iorque e na China, em nome da "segurança nacional", numa altura em que Pequim reforça a vigilância no setor.

No mês anterior, as autoridades interrogaram em Xangai funcionários do gigante norte-americano da consultoria estratégica e de gestão Bain & Company.

Em março, a empresa de auditoria norte-americana Mintz Group anunciou a detenção de cinco dos seus empregados locais e o encerramento do seu escritório em Pequim.

Leia Também: China e Portugal têm mais de 20% da dívida pública externa de Moçambique

Recomendados para si

;
Campo obrigatório