MNE da China visita EUA esta semana para manter diálogo de alto nível
O chefe da diplomacia da China vai-se deslocar aos Estados Unidos esta semana para uma visita de três dias, ilustrando os esforços dos dois países para retomar o diálogo de alto nível, apesar das tensas relações bilaterais.
© Reuters
Mundo China
O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, deve reunir com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e com o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan.
Segundo fontes da Administração norte-americana citadas pela agência Associated Press, os responsáveis vão abordar o conflito Israel - Hamas, a guerra na Ucrânia e os recentes embates entre um navio chinês e uma embarcação filipina no mar do Sul da China.
A viagem de Wang decorre cerca de três semanas antes da cimeira da Cooperação Económica Ásia - Pacífico em São Francisco, onde existe a possibilidade de o Presidente norte-americano, Joe Biden, reunir com o homólogo chinês, Xi Jinping.
Os funcionários não confirmaram a reunião entre os líderes. A viagem de Wang foi descrita como sendo recíproca à visita de Blinken a Pequim em junho passado.
Pequim também não confirmou se Xi vai-se deslocar a São Francisco para a cimeira anual da APEC.
Wang vai frisar a "posição e os princípios da China sobre as relações com os EUA e as legítimas preocupações" de Pequim, afirmou hoje a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, em conferência de imprensa.
A China espera "impulsionar em conjunto as relações bilaterais de volta ao caminho do desenvolvimento sólido e estável", acrescentou.
As relações entre Pequim e Washington deterioraram-se rapidamente, nos últimos anos, devido a uma guerra comercial e tecnológica, diferendos em questões de direitos humanos, o estatuto de Hong Kong e Taiwan ou a soberania do mar do Sul da China.
Em novembro passado, Biden e Xi reuniram-se em Bali, na Indonésia, à margem da cimeira do G20. As duas partes concordaram em retomar as conversações, criar grupos de trabalho sobre questões específicas e alargar os intercâmbios pessoais.
No entanto, em fevereiro, Washington acusou Pequim de ter sobrevoado o território dos Estados Unidos com um balão, para fins de espionagem, o que abalou ainda mais as relações bilaterais.
Durante a visita de Wang, as autoridades norte-americanas vão pressionar a China a ser mais construtiva no Médio Oriente, disseram os altos funcionários da Casa Branca citados pela AP.
No início do mês, Blinken abordou por telefone com Wang a importância de manter a estabilidade na região e de desencorajar a entrada de outras partes no conflito.
Os embates ocorridos no fim de semana entre embarcações filipinas e chinesas em águas disputadas no Mar do Sul da China também vão ser abordadas durante as reuniões com Wang, disseram os funcionários norte-americanos.
Washington respondeu afirmando o seu apoio a Manila e criticando Pequim pelas suas "ações perigosas e ilegais".
A China, no entanto, reivindicou as águas como parte do seu território e acusou as Filipinas de "violar gravemente a soberania territorial da China" ao abandonar um navio da marinha no local. Pequim prometeu tomar "as medidas necessárias" para defender a soberania e os interesses marítimos da China.
À medida que os Estados Unidos enfrentam a ascensão da China como potência global, Biden apelou à criação de "linhas de proteção" para gerir as relações bilaterais, mas a China rejeitou-as. Em vez disso, exigiu um "tipo diferente de relação entre grandes potências", segundo o qual os EUA devem respeitar os interesses fundamentais do país asiático.
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