O Presidente francês elogiou o papel do Egito na reabertura da passagem de Rafah, a única ligação fronteiriça na Faixa de Gaza que não é controlada por Israel, mas observou que "a situação é crítica" no território palestiniano desde a nova crise no Médio Oriente iniciada em 07 de outubro.
"Nas próximas 48 horas" partirá de Toulon um navio militar "para apoiar os hospitais de Gaza", disse Macron, informando que um avião francês chegará na quinta-feira ao Egito com ajuda para o território palestiniano cercado por Israel e à beira do colapso humanitário.
Macron pediu respeito pelos civis em qualquer contexto, alegando que "a França não pratica duplicidade de critérios" e que "o direito internacional se aplica a todos", numa mensagem velada tanto às forças israelitas como aos milicianos palestinianos do Hamas, movimento islamita que controla o enclave.
"Todas as vidas importam, não há hierarquia", sublinhou o Presidente francês após o encontro com al-Sisi, após nos últimos dias ter-se reunido com outros líderes regionais, incluindo o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas.
O Presidente egípcio também condenou qualquer ação que afete civis, enfatizando que se referia a "todos os civis", e manifestou o seu receio em relação às consequências para a população de uma invasão terrestre de Israel e do alastramento do conflito a outras áreas da região ou mesmo a nível mundial, e apelou à libertação dos reféns em posse do Hamas.
O grupo islamita lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
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