O protesto, que começou às 18:00 (23:00 em Lisboa) e reuniu centenas de pessoas, consistiu numa "ocupação histórica" da estação que durou uma hora, até que a polícia de Nova Iorque, no nordeste nos Estados Unidos, começou a fazer detenções, avançou o canal de televisão CBS.
A ocupação foi organizada por membros da Voz Judaica pela Paz, que diz ser "a maior organização judaica anti-sionista progressista do mundo", mas juntou também outros manifestantes contra os ataques de Israel.
Os participantes ergueram cartazes com frases como "Os palestinianos devem ser livres", "Lamentar os mortos e lutar com tudo pelos vivos" e outras mensagens pedindo diretamente um cessar-fogo na região, avançou o jornal Daily Mail.
Num comunicado sobre a ocupação, os organizadores disseram que "qualquer bomba lançada sobre Gaza põe em perigo a vida de 2,2 milhões de palestinianos e 200 reféns israelitas. A única maneira de salvar vidas é através de um cessar-fogo imediato".
"Recusamos permitir que o genocídio seja realizado em nosso nome", disse, na rede social X (antigo Twitter) o Voz Judaica pela Paz, acrescentando que o protesto juntou "milhares de judeus e aliados".
O exército israelita anunciou na sexta-feira que os militares vão ampliar as operações terrestres na Faixa de Gaza, em paralelo com os bombardeamentos que têm atingido o enclave desde 07 de outubro.
O movimento islamita Hamas relatou na sexta-feira estar envolvido em "violentos combates" na Faixa de Gaza com as forças israelitas, que terão feito incursões terrestres em dois setores do território.
"Estamos a enfrentar incursões israelitas em Beit Hanoun (norte) e Boureij (centro) e há combates violentos", indicou o braço armado do Hamas, as brigadas Izz al-Din al-Qassam, em comunicado.
Também na sexta-feira, em Nova Iorque, a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou, com 120 votos a favor, uma resolução que apela a uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza e à rescisão da ordem de Israel para deslocação da população para o sul do enclave.
Após o ataque de 07 de outubro do Hamas ao sul de Israel, que fez mais de 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e 224 reféns, os bombardeamentos israelitas sobre Gaza fizeram, desde então, mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos no território palestiniano.
Leia Também: Corte da internet em Gaza pode ocultar "atrocidades em massa", alerta ONG