"Esta campanha levará tempo, haverá obstáculos, haverá dificuldades, haverá baixas, também haverá surpresas, mas no final prometo-vos uma coisa: o Hamas receberá um golpe muito forte. O Hamas será derrotado e Gaza será diferente", afirmou Netanyahu no início de uma reunião do Conselho de Ministros.
O líder israelita referiu-se ao avanço das suas tropas dentro da Faixa de Gaza, descrevendo que "está a acontecer em passos metódicos, mas poderosos, alcançando um progresso sistemático".
Este avanço, acrescentou, insere-se numa "terceira fase" do conflito com o Hamas e "apresenta mesmo oportunidades para obter a libertação" dos reféns capturados pelo grupo islamita durante o seu ataque a Israel em 07 de outubro, que também deixou mais de 1.400 mortos e mais de 5.000 feridos.
Segundo o primeiro-ministro israelita, o objetivo nesta guerra é "destruir as capacidades militares e governamentais do Hamas", que controla de facto a Faixa de Gaza.
Desde o início das hostilidades, há 23 dias, os ataques israelitas a Gaza já deixaram mais de 8.300 mortos e mais de 21.000 feridos, segundo os últimos números divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
No âmbito desta ofensiva, Netanyahu pediu mais uma vez à população do território que parta para as cidades do sul do enclave, que disse ser uma "zona segura" para a qual Israel quer direcionar a ajuda humanitária.
Paralelamente, mencionou também a continuação das hostilidades na fronteira com o Líbano, onde hoje é o vigésimo terceiro dia consecutivo de trocas de tiros, especialmente com o grupo xiita libanês Hezbollah.
"Estamos a trabalhar para dissuadir ativamente a frente norte, e repito ao Hezbollah: eles cometerão o erro das suas vidas. Se decidirem intervir totalmente na campanha, receberão um golpe que nem sequer podem imaginar", ameaçou o primeiro-ministro israelita.
O Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
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