UE pede "urgência do acesso humanitário" em Gaza

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) realizou contactos de alto nível com Egito, Arábia Saudita, Jordânia e a Organização de Cooperação Islâmica sobre o conflito entre Israel e Hamas, pedindo "urgência do acesso humanitário" em Gaza.

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Lusa
31/10/2023 17:29 ‧ 31/10/2023 por Lusa

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Israel

A informação foi hoje divulgada à imprensa em Bruxelas, após dois dias de "uma série de contactos de alto nível à luz da situação em Israel e na Palestina", nos quais o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, "informou os seus interlocutores sobre os debates realizados no recente Conselho Europeu, recordando a urgência do acesso humanitário e das pausas humanitárias para permitir que os fornecimentos vitais cheguem aos necessitados [em Gaza] e a necessidade de evitar repercussões a nível regional".

Nestes contactos -- com os ministros dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan Al Saud, da Jordânia, Ayman Safadi, e do Egipto, Sameh Shukry, e também com o secretário-geral da Organização de Cooperação Islâmica, Hissein Brahim Taha -- Josep Borrell destacou também "a importância de assegurar a proteção de todos os civis em todas as circunstâncias, em conformidade com o direito internacional humanitário".

Além disso, o chefe da diplomacia comunitário salientou "o apelo do Conselho Europeu ao Hamas para que liberte imediatamente todos os reféns sem quaisquer condições prévias".

Numa altura em que os conflitos na Faixa de Gaza se refletem também num outro território palestiniano, a Cisjordânia, Josep Borrell "manifestou grande preocupação com os ataques dos colonos israelitas contra os palestinianos, que condenou firmemente".

"Com os seus homólogos egípcio, jordano e saudita, o Alto Representante debateu a necessidade urgente de restabelecer o horizonte político e relançar o processo de paz, bem como de alcançar uma solução sustentável e permanente para este conflito, com base na solução de dois Estados, a fim de evitar que tais tragédias se repitam", indica o gabinete deste responsável em comunicado.

A nota indica ainda que "a UE está e continuará a estar ativamente empenhada com todos os seus parceiros na obtenção de uma paz justa e duradoura entre Israel e a Palestina e na região".

O grupo islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O terminal de Rafah, no sul de Gaza e a única passagem para o Egito, vai permitir que a ajuda humanitária chegue ao território palestiniano.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

Leia Também: Autoridades de Gaza anunciam pelo menos 50 mortos em novo bombardeamento

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