"A decisão da Bolívia de cortar as relações diplomáticas com Israel é uma capitulação perante o terrorismo e o regime dos ayatollahs no Irão", afirmou o porta-voz do ministério em comunicado.
A Bolívia anunciou na terça-feira que cortou relações diplomáticas com Israel, alegando que o ataque contra a população da Faixa de Gaza é uma "ofensiva militar agressiva e desproporcional".
Em comunicado, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros boliviano, Freddy Mamani Machaca, informou que o Governo "tomou a determinação de cortar relações diplomáticas com o Estado de Israel, em repúdio e condenação da agressiva e desproporcional ofensiva militar israelita que está a ser levada a cabo na Faixa de Gaza".
A Bolívia exige "a cessação dos ataques contra o povo palestiniano" e rejeita o tratamento "hostil" de Israel para com os responsáveis das organizações internacionais encarregadas de fornecer ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Mamani Machaca apelou aos "países irmãos" para "realizarem ações coletivas" de forma a conseguir alcançar a pacificação na região e "evitar um genocídio".
Entretanto, o Chile decidiu convocar o embaixador chileno em Israel, Jorge Carvajal, para consultas devido às "inaceitáveis violações" do direito internacional humanitário "que Israel cometeu na Faixa de Gaza".
"O Chile condena veementemente e constata com grande preocupação que estas operações militares - que, nesta fase do seu desenvolvimento, implicam uma punição coletiva da população civil palestiniana em Gaza - não respeitam as normas fundamentais do direito internacional", afirmou o Governo em comunicado.
Também o Presidente, Gustavo Petro, chamou a embaixadora em Israel, Margarita Manjarrez, para consultas sobre o "massacre do povo palestiniano", em referência às mais de 8.300 mortes causadas pelos bombardeamentos israelitas em Gaza.
"Decidi chamar a nossa embaixadora em Israel para consultas. Se Israel não parar o massacre do povo palestiniano, não poderemos estar lá", disse Petro na rede social X (antigo Twitter), na terça-feira.
Os bombardeamentos que Israel tem levado a cabo em Gaza, depois de ter sido atacado pelo Hamas a 07 de outubro, fizeram mais de 8.300 pessoas e mais de 21 mil feridos de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
Na terça-feira, o exército israelita bombardeou o campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, matando pelo menos 145 pessoas.
Entre as vítimas, segundo o exército israelita, encontra-se Ibrahim Biari, comandante do batalhão central de Jabalia do Hamas e um dos líderes responsáveis pelo ataque a Israel, que fez pelo menos 1.400 mortos e 240 reféns.
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