EUA condenam violência de colonos israelitas na Cisjordânia ocupada
Os Estados Unidos condenaram hoje a violência cometida por colonos israelitas contra os palestinianos na Cisjordânia ocupada, considerando que são "incrivelmente desestabilizadores" e instando Israel a contê-los.
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Mundo Israel/Palestina
Os ataques de colonos na Cisjordânia são "incrivelmente desestabilizadores e contraproducentes para a segurança de Israel a longo prazo, além de serem, é claro, extremamente prejudiciais para os palestinianos que vivem na Cisjordânia", disse o porta-voz do departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, em declarações à imprensa.
Quase 2.000 palestinianos estão deslocados devido à violência de colonos israelitas na Cisjordânia e perto de metade foram forçados a deixar as suas casas desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, segundo as Nações Unidas.
De acordo com o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), desde 07 de outubro, "a violência dos colonos aumentou significativamente, de uma média de três incidentes por dia para uma média atual de sete por dia" nas últimas semanas.
"Neste período, o OCHA registou 171 ataques de colonos contra palestinianos", aumentando também a "pressão sobre os palestinianos para saírem" em múltiplos casos "de assédio, invasão e intimidação", referiu este órgão, em comunicado.
A violência por parte dos colonos, em muitos casos armados, além das crescentes restrições de circulação, fez com que 15 comunidades agropastoris na Cisjordânia - cerca de 828 pessoas, incluindo 313 crianças -- tivessem de ser deslocadas à força desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas.
O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados que assassinaram cerca de 1.400 pessoas, fazendo ainda mais de duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
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