Xi assumiu o compromisso numa carta, em resposta a uma mensagem de felicitações enviada por Kim no mês passado para assinalar o 74º aniversário da fundação da República Popular da China, detalhou a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA).
Na carta, datada de sábado, Xi afirmou que a China e a Coreia do Norte são vizinhos amigáveis e que a tradicional amizade entre os dois países está a "tornar-se mais forte com o passar do tempo".
"Vou trabalhar para que as relações entre a China e a Coreia do Norte avancem e se desenvolvam com o tempo, no meio de mudanças sérias e complexas na situação internacional e regional", disse Xi.
"Estou disposto a dar uma maior contribuição para proteger a paz, estabilidade, desenvolvimento e a prosperidade regionais", acrescentou, de acordo com a agência noticiosa norte-coreana.
Xi também resumiu as recentes conquistas económicas da China sob a liderança do Partido Comunista e disse esperar que a Coreia do Norte obtenha novos feitos.
"Espero sinceramente que o fraterno povo coreano alcance novos e maiores resultados na causa da construção socialista sob a liderança do Partido dos Trabalhadores da Coreia, chefiado pelo camarada secretário-geral", escreveu.
É a terceira vez este ano que os dois líderes trocam cartas, depois de, em abril, Xi ter sido confirmado para um terceiro mandato presidencial, e em setembro, por altura do 75º aniversário desde o estabelecimento do governo norte-coreano.
Numa carta enviada a Xi no mês passado, Kim comprometeu-se a "consolidar e desenvolver as relações de amizade entre a Coreia do Norte e a China, que entraram num novo período histórico".
Os dois líderes encontraram-se pessoalmente pela última vez durante a visita de Xi a Pyongyang, em junho de 2019. Eles começaram a comunicar através de cartas depois de a Coreia do Norte ter fechado a sua fronteira devido à pandemia da covid-19, em 2020.
A última carta de Xi surge numa altura em que Pyongyang encerra missões diplomáticas no estrangeiro e em que as conversações sobre a desnuclearização da península coreana estão paralisadas.
Na quarta-feira, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, confirmou que a Coreia do Norte vai encerrar o seu consulado geral em Hong Kong, acrescentando-o à lista de missões diplomáticas que Pyongyang decidiu encerrar, juntamente com as suas embaixadas em Espanha, Uganda e Angola.
"Cada país tem o direito de decidir criar ou suprimir a sua missão consular no estrangeiro com base na sua própria situação e necessidades reais. A China respeita a decisão da Coreia do Norte de encerrar o seu consulado geral em Hong Kong", afirmou Wang.
No domingo, Sung Kim, representante especial dos EUA para a Coreia do Norte, realizou uma videoconferência com o seu homólogo chinês Liu Xiaoming, durante a qual sublinhou que todos os Estados membros da ONU devem "cumprir as suas obrigações e aplicar plenamente" o regime de sanções da ONU.
A agência de espionagem sul-coreana, o Serviço Nacional de Informações, informou os deputados sul-coreanos na quarta-feira que a Coreia do Norte estava na fase final de lançamento do seu terceiro satélite de vigilância militar, com a ajuda técnica de Moscovo.
Em troca, a Rússia estará a receber grandes quantidades de munições e mísseis balísticos de curto alcance para apoiar a sua guerra na Ucrânia, segundo a agência.
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