O Ministério dos Negócios Estrangeiros turco fez hoje o anúncio, em comunicado, e lamentou que Israel recuse aceitar um cessar-fogo humanitário para permitir um fluxo constante de ajuda a Gaza.
Por sua vez, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse que Israel está a cometer crimes de guerra, que podem ser julgados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).
Erdogan prometeu ainda encetar esforços para que esse julgamento aconteça.
Para Erdogan, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, "já não é alguém com quem se possa falar".
O Presidente turco lamentou ainda que grande parte da comunidade internacional, sobretudo os Estados Unidos, manifeste apoio a Israel, sem ter com conta que o país "está a matar civis sem pestanejar".
Em 07 de outubro, o Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.
Este conflito provocou, pelo menos, 9.250 mortos na Faixa de Gaza e 1.400 em Israel.
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