Eslováquia vai permitir venda de armas de empresas privadas à Ucrânia
O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, garantiu hoje que o seu Governo permitirá a venda de armas e munições de empresas privadas à Ucrânia, uma alteração substancial face às promessas eleitorais.
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Mundo Guerra na Ucrânia
Fico esclareceu hoje que a promessa feita durante a sua campanha eleitoral - na qual dizia que não enviaria armamento para a Ucrânia - referia-se exclusivamente ao armamento e arsenal do exército eslovaco.
Pela terceira vez à frente do Governo eslovaco, Fico provocou temores em vários níveis políticos devido à sua posição menos assertiva em relação à invasão russa na Ucrânia.
"Se uma empresa quer produzir e vender armas no estrangeiro, não temos nada contra", afirmou o primeiro-ministro eslovaco após visitar a sede do Ministério da Defesa do país, em Bratislava, segundo a agência de notícias Bloomberg.
Com uma produção anual de cerca de 180.000 projéteis de artilharia, a Eslováquia tornou-se um importante fornecedor de munições para a Ucrânia, que também já adquiriu obuses eslovacos.
Em 26 de outubro, Fico havia anunciado o fim do envio de armas para a Ucrânia, limitando o apoio dos eslovacos a "ajuda humanitária e civil".
Esta decisão foi anunciada um dia após a sua nomeação como chefe de um Governo de coligação, associado a um partido de extrema-direita pró-Rússia.
Segundo Fico, "a cessação imediata das operações militares é a melhor solução para a Ucrânia".
"A União Europeia (UE) deveria passar do estatuto de fornecedor de armas para o de pacificador", defendeu.
Durante as suas declarações aos deputados, Fico também anunciou que não apoiaria novas sanções contra a Rússia até que seja "analisado o seu impacto na Eslováquia".
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