Israel anunciou que o objetivo da sua guerra na Faixa de Gaza era aniquilar o Hamas, em resposta aos ataques de 07 de outubro do movimento islamita no seu território.
"Para aqueles que pensam que o Hamas irá desaparecer, o Hamas permanecerá ancorado na consciência (...) do nosso povo, e nenhuma força na terra será capaz de aniquilá-lo ou marginalizá-lo", disse o líder do grupo no Líbano, Osama Hamdane.
"O nosso povo não permitirá que os Estados Unidos imponham os seus planos para criar um governo que se adapte a ele e à ocupação. O nosso povo não aceitará um novo governo de Vichy", acrescentou Hamdane, referindo-se ao regime colaboracionista francês durante a ocupação nazi na Segunda Guerra Mundial.
Na passada semana, no Congresso dos EUA, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, defendeu que a Autoridade Palestiniana deveria recuperar o controlo da Faixa de Gaza, retirando-a ao Hamas, admitindo a possibilidade de forças internacionais poderem desempenhar funções de coordenação durante um período provisório.
"A Faixa de Gaza é parte integrante do Estado da Palestina", disse no domingo o Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, cuja autoridade foi retirada de Gaza pelo Hamas em 2007.
"Assumiremos todas as nossas responsabilidades no âmbito de uma solução política abrangente para a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza", acrescentou Abbas, quando recebeu Blinken em Ramallah.
As mais recentes eleições legislativas palestinianas datam de 2006 e foram vencidas pelo Hamas.
Impedido de exercer o poder apesar desta vitória, o movimento islamita assumiu o controlo da Faixa de Gaza pela força no ano seguinte, derrotando os serviços de segurança da Autoridade Palestiniana.
Antes disso, o enclave foi ocupado por Israel, desde 1967 até à sua retirada unilateral em 2005.
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