"Povo não permitirá que EUA imponham os seus planos", diz líder do Hamas

Um líder do Hamas no Líbano disse hoje que este grupo islamita palestiniano permanecerá no poder em Gaza e não aceitará um regime colaboracionista com forças estrangeiras.

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© Mustafa Hassona/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
06/11/2023 18:25 ‧ 06/11/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Israel anunciou que o objetivo da sua guerra na Faixa de Gaza era aniquilar o Hamas, em resposta aos ataques de 07 de outubro do movimento islamita no seu território.

"Para aqueles que pensam que o Hamas irá desaparecer, o Hamas permanecerá ancorado na consciência (...) do nosso povo, e nenhuma força na terra será capaz de aniquilá-lo ou marginalizá-lo", disse o líder do grupo no Líbano, Osama Hamdane.

"O nosso povo não permitirá que os Estados Unidos imponham os seus planos para criar um governo que se adapte a ele e à ocupação. O nosso povo não aceitará um novo governo de Vichy", acrescentou Hamdane, referindo-se ao regime colaboracionista francês durante a ocupação nazi na Segunda Guerra Mundial.

Na passada semana, no Congresso dos EUA, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, defendeu que a Autoridade Palestiniana deveria recuperar o controlo da Faixa de Gaza, retirando-a ao Hamas, admitindo a possibilidade de forças internacionais poderem desempenhar funções de coordenação durante um período provisório.

"A Faixa de Gaza é parte integrante do Estado da Palestina", disse no domingo o Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, cuja autoridade foi retirada de Gaza pelo Hamas em 2007.

"Assumiremos todas as nossas responsabilidades no âmbito de uma solução política abrangente para a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza", acrescentou Abbas, quando recebeu Blinken em Ramallah.

As mais recentes eleições legislativas palestinianas datam de 2006 e foram vencidas pelo Hamas.

Impedido de exercer o poder apesar desta vitória, o movimento islamita assumiu o controlo da Faixa de Gaza pela força no ano seguinte, derrotando os serviços de segurança da Autoridade Palestiniana.

Antes disso, o enclave foi ocupado por Israel, desde 1967 até à sua retirada unilateral em 2005.

Leia Também: Netanyahu promete "futuro de esperança" a Gaza após destruição do Hamas

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