Ucrânia. PE apela a maior controlo na aplicação de sanções da UE à Rússia
Os eurodeputados apelaram hoje a um maior controlo da aplicação das sanções impostas pela União Europeia (UE) à Rússia, de modo a minimizar a capacidade de Moscovo para as contornar.
© Reuters
Mundo Ucrânia
Numa resolução hoje aprovada em Bruxelas, o Parlamento Europeu (PE) manifestou-se preocupado com as lacunas no regime de sanções impostas pela UE à Rússia, estando a Comissão Europeia a preparar o 12.º pacote de medidas restritivas ao Kremlin e que incluirá o comércio de diamantes.
Os eurodeputados, no texto votado por mão no ar, apelaram à UE e aos Estados-membros que reforcem a supervisão da aplicação das sanções (que visam, nomeadamente, diminuir a capacidade russa para financiar os esforços de guerra na Ucrânia) e desenvolvam um mecanismo de prevenção e controlo da evasão às medidas.
Em causa estão, nomeadamente, as exportações de petróleo russo, apelando o PE ao encerramento "do mercado da UE de combustíveis fósseis de origem russa e a impor sanções a todas as grandes empresas petrolíferas russas, ao Gazprombank, às suas filiais e aos seus conselhos de administração e gestão".
A resolução recomenda ainda que a UE, em conjunto com os países do G7, reduza "substancialmente o limite de preços do petróleo russo e dos produtos petrolíferos, para impor uma proibição total às importações russas de gás natural liquefeito e por gasoduto, bem como à importação de combustíveis e outros produtos petrolíferos de países terceiros se esses produtos forem produzidos a partir de petróleo russo".
O PE pretende igualmente que a UE proíba o envio de exportações russas de petróleo e de gás natural liquefeito através do território da UE e introduza limites máximos no que respeita aos preços e ao volume das importações de fertilizantes russos e bielorrussos para a UE.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, numa ação condenada pela generalidade da comunidade internacional e que mereceu sucessivos pacotes de sanções da UE.
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