O Ministério Público do Burundi indicou que Bunyoni, que ocupou o cargo entre junho de 2020 e setembro de 2022, "pagou a um grupo criminoso, com moeda estrangeira, para assassinar o chefe de Estado", segundo noticiou o portal de notícias locais SOS Medias Burundi.
O órgão constitucional pede a prisão perpétua para o ex-primeiro-ministro, que acusa de "desestabilizar a taxa de câmbio ao manter somas colossais de dinheiro em sua casa", ao mesmo tempo que exige penas de 30 anos de prisão para seis outros arguidos no mesmo processo.
Entre os acusados estão Désiré Uwamahoro, um antigo comandante da brigada antimotim, dois motoristas do antigo primeiro-ministro e um chefe local em Mubone, na província de Bujumbura, onde Bunyoni estava escondido antes de as forças de segurança o terem conseguido prender.
Bunyoni, um dos principais aliados do antigo Presidente Pierre Nkurunziza - que morreu em 2020 durante o período de transferência de poder para Ndayishimiye -, foi detido em abril, sete meses depois de ter renunciado ao cargo, na sequência de alegações de Ndayishimiye de que altos funcionários não identificados estariam a planear um golpe contra si.
O ex-primeiro-ministro do Burundi está sob sanções dos Estados Unidos desde 2015 pelo seu papel nas violações dos direitos humanos, no meio da violência desencadeada pela decisão de Nkurunziza de se candidatar a um terceiro mandato, com a oposição a alegar que tal violava a Constituição.
Bunyoni, que foi ministro da Segurança durante este período, permaneceu ao lado de Nkurunziza durante o seu terceiro mandato.
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