Alejo Vidal-Quadras, ex-’vice’ do Parlamento Europeu, foi na quinta-feira baleado na cara enquanto regressava a casa, na capital espanhola, Madrid. O político espanhol sobreviveu ao ataque.
As autoridades abriram uma investigação para perceber em que circunstâncias em que ocorreu o ataque, e fizeram-no já com uma sugestão da vítima, de 78 anos, que fez questão de passar as suas suspeitas sobre o agressor – mesmo antes de ser submetido a uma cirurgia ao maxilar, no Hospital Gregorio Marañón.
Como aconteceu o ataque
O ataque aconteceu por volta das 13h30 (12h30 locais), após Vital-Quadras estacionar o seu carro já junto de casa, após vir do ginásio. Vestido com um fato de treino e enquanto descia a rua, o ex-'vice' viu um homem armado na sua direção – e pode ser isso que lhe salvou a vida, já que este virou a cara perante o agressor – e a sua mandíbula foi atingida. O agressor acabou por fugir numa mota preta, da marca Yamaha.
Vida-Quadras não caiu ao chão, tendo-se apoiado num contentor na rua enquanto um vizinho correu em seu auxílio. “Vamos ver se voltam”, terá dito o político na altura.
Logo a seguir, dois agentes da polícia acabaram por vir também em seu auxílio, ajudando a estancar o sangramento. De acordo com a publicação, o ferimento teria “atravessado a mandíbula de uma ponta à outra”.
A investigação
Segundo a publicação espanhola El Mundo, foi à chegada da unidade hospitalar – ainda antes de entrar na sala de operações –, que Vidal-Quadras contou aos profissionais de saúde que seria o regime iraniano por detrás do ataque. Após a operação, os médicos transmitiram esta informação às autoridades.
O diário espanhol refere que há várias hipóteses em cima da mesa, mas que a hipótese de roubo foi logo descartada. Apesar de haver mais do que uma hipótese a ser estudada, a polícia espanhola estará inclinada para um motivo relacionado com o seu trabalho – e que envolve uma empresa de advogados, em Barcelona, onde o ex-responsável europeu trabalha com opositores do regime iraniano.
Depois de deixar a ‘dica’ aos profissionais de saúde, Vidal-Quadras reforçou mesmo a sua hipótese perante as autoridades, dizendo que não tem “outros inimigos”. Segundo escreve a publicação, o também fundador do Vox foi um dos primeiros políticos que Teerão incluiu na sua lista de terrorismo.
A polícia apontou que o ataque foi levado a cabo por um profissional. Já durante a tarde, os destroços de uma mota idêntica queimada foram encontrados em Fuenlabrada, a cerca de 30 km.
Leia Também: Espanha. Embaixada do Irão condena "qualquer tipo de operação terrorista"