"Se virmos terroristas do Hamas a disparar a partir de hospitais, faremos o que temos de fazer, matá-los", afirmou Richard Hecht, admitindo a "natureza sensível" de tais ações.
"Seria mais fácil se o Hamas abandonasse os hospitais e se revelasse claramente", acrescentou o porta-voz, acusando o movimento islamita palestiniano de "operar a partir de dentro dos hospitais".
O exército israelita "está a tomar todas as precauções para não atacar pessoas a soro ou com ossos partidos", disse.
Embora as tropas israelitas no terreno sejam apoiadas pela artilharia, o exército disse na quinta-feira que tinha como alvo um "centro militar" do Hamas perto do hospital al-Shifa.
Segundo o Hamas, um ataque israelita ao hospital al-Shifa causou 13 mortos e dezenas de feridos, hoje.
O diretor do hospital mencionou disparos de tanques israelitas contra a maternidade do complexo médico.
A 07 de outubro, combatentes do Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 35.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 11.000 mortos, quase 27.500 feridos, 2.450 desaparecidos, na maioria civis, e cerca de 1,5 milhões de deslocados, segundo as autoridades locais.
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