"Temos de aumentar a pressão dos Estados Unidos sobre Israel, pressionando os Estados Unidos. É preciso aumentar a pressão ocidental sobre Israel", disse Erdogan aos jornalistas turcos no avião que regressava da cimeira de países muçulmanos e árabes realizada no sábado em Riade.
Erdogan sublinhou, em particular, o possível papel dos países do Golfo como potências capazes de influenciar os Estados ocidentais com os quais mantêm relações.
Erdogan recordou a votação do mês passado na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em que 120 países votaram a favor de um cessar-fogo imediato e apenas 14 votaram contra, com 45 abstenções.
O chede de Estado prometeu intensificar os seus esforços diplomáticos, através de telefonemas, para convencer alguns dos países que se abstiveram e, em especial, a Hungria, que votou contra a resolução. O governante mantém boas relações com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
O Presidente turco anunciou que irá repetir esta mensagem durante a sua visita à Alemanha, na sexta-feira, embora tenha reconhecido que as opiniões turcas e europeias são claramente diferentes no que se refere à milícia islamita Hamas, autora do ataque de 07 de outubro em Israel que desencadeou a atual situação de conflito armado.
"Em relação ao Hamas, a União Europeia pensa da mesma forma que Israel. Nós não pensamos nem podemos pensar assim, porque considero o Hamas um partido político que ganhou as eleições palestinianas [em 2006]. Se ganha eleições, é um partido político", disse Erdogan.
E prosseguiu: "Querem que digamos que o Hamas é uma organização terrorista. Bem, não, meus amigos, não é uma organização terrorista. São pessoas que estão a lutar para se defenderem, para protegerem a sua terra e os seus cidadãos."
Erdogan anunciou também uma visita à Argélia em 21 de novembro, para se encontrar com o Presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, um encontro que descreveu como "de grande importância".
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