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Britânico condenado por financiamento ao grupo terrorista Estado Islâmico

Um britânico acusado de pertencer ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) e especializado na execução de reféns ocidentais foi condenado hoje a oito anos de prisão por um tribunal de Londres, incluindo por financiamento do terrorismo.

Britânico condenado por financiamento ao grupo terrorista Estado Islâmico
Notícias ao Minuto

14:18 - 13/11/23 por Lusa

Mundo EI

Aine Davis, 39 anos, detido na prisão de alta segurança de Belmarsh desde que foi deportado da Turquia para Londres em agosto de 2022, tinha-se declarado culpado do financiamento de atividades terroristas entre 2013 e 2014 e da posse de uma arma de fogo para fins terroristas, numa audiência em meados de outubro.

Detido na Turquia em novembro de 2015, Aine Davis foi condenado a sete anos e meio de prisão por crimes de terrorismo, incluindo a participação numa organização proibida.

Uma vez libertado, foi deportado e detido em agosto passado à chegada a Londres.

A acusação de financiamento de terrorismo baseou-se em conversas com a esposa na altura, Amal El-Wahabi, que permaneceu na capital britânica e tentou enviar ao marido 20.000 euros, recorrendo a um amigo como correio.

Em 2014, Amal El-Wahabi, com quem Aine Davis teve dois filhos, tornou-se na primeira pessoa no Reino Unido a ser condenada por financiar 'jihadistas' do EI a 28 meses de prisão.

No julgamento dela, o marido foi descrito como um traficante de droga antes de partir para a Síria.

"Pelas mensagens e imagens que enviou à mulher, é evidente que estava com combatentes na Síria e que não estava lá por motivos legais", sublinhou o juiz hoje ao proferir a sua decisão.

Davis é conhecido como um dos membros de um grupo que foi apelidado de 'Beatles', alcunha dada pelos reféns ocidentais aos quatro 'jihadistas' com sotaque britânico, que ganhou uma notoriedade sinistra ao filmar a execução de prisioneiros para uso em vídeos de propaganda.

Os quatro cresceram e radicalizaram-se em Londres antes de se juntar ao movimento islamita e foram ativos na Síria entre 2012 e 2015, período durante o qual terão estado envolvidos na detenção de pelo menos 27 jornalistas e trabalhadores humanitários dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Espanha, Itália, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Bélgica, Japão, Nova Zelândia e Rússia.

O membro mais conhecido do grupo, Mohamed Emwazi, conhecido como "Jihadi John", foi morto num ataque de um drone americano na Síria em 2015. 

Dois outros membros do grupo, El Shafee el-Sheikh e Alexanda Kotey, foram condenados a prisão perpétua nos Estados Unidos depois de terem sido detidos pelas forças curdas sírias em 2018.

Em abril de 2022, El Shafee el-Sheikh foi condenado pelo papel na morte dos jornalistas norte-americanos James Foley e Steven Sotloff e dos trabalhadores humanitários Peter Kassig e Kayla Mueller, também dos EUA.

Leia Também: Moçambique. Estado Islâmico reivindica ataque que matou "três cristãos"

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