"A abertura de um centro de formação de pilotos de F-16 na Roménia, onde serão treinados pilotos ucranianos, é uma contribuição prática significativa para a nossa coligação de aviação", destacou o chefe de Estado ucraniano, numa nota na rede social X (antigo Twitter).
Zelensky frisou ainda que os acordos da Ucrânia com a Roménia e os Países Baixos estão a ser implementados.
Os governos da Roménia e dos Países Baixos e a empresa aeroespacial norte-americana Lockheed Martin inauguraram hoje numa base militar romena o centro onde os pilotos ucranianos irão treinar com caças F-16 que serão utilizados na defesa contra a invasão russa daquele país.
A base romena de Borcea será a sede do novo Centro Europeu de Formação de F-16 [EFTC na sigla em inglês], onde pilotos da NATO, mas também da Ucrânia, irão treinar nos caças do fabricante Lockheed Martin.
Este centro foi concebido para formar pilotos romenos e de outros países membros da NATO ou com ligações à Aliança Atlântica.
Espera-se que pelo menos seis soldados ucranianos integrem o programa no próximo ano.
As autoridades ucranianas há muito que insistem na necessidade de ter F-16 para contrariar a superioridade aérea das forças invasoras russas.
Até agora, os Países Baixos, a Dinamarca, a Noruega e a Bélgica prometeram até 61 caças F-16 à Ucrânia, que exigiu insistentemente estas aeronaves para repelir a invasão que a Rússia lançou neste país em fevereiro de 2022.
Durante a cerimónia de inauguração hoje, a ministra da Defesa neerlandesa, Kajsa Ollongren, realçou a importância de intensificar os esforços multinacionais para "fortalecer os céus europeus e prosseguir o objetivo comum de dissuadir a Rússia".
O ministro da Defesa romeno, Angel Tilvar, referiu, por suas vez, que a abertura deste novo centro marca "uma data significativa para a região do mar Negro e para a NATO", noticiou a agência Efe.
Tanto os pilotos romenos como os ucranianos necessitam desta formação para fazerem a transição dos aviões MiG de fabrico soviético, que eram o núcleo da sua força aérea.
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