O Dicastério para a Doutrina da Fé (CDF) publicou um texto, datado de 13 de novembro, onde reafirmou que "a adesão ativa à maçonaria por parte de um fiel é proibida". O documento foi assinado pelo prefeito do Vaticano, o cardeal argentino Víctor Manuel Fernández, e aprovado pelo Papa Francisco.
A reafirmação do Vaticano surge após uma questão de D. Julito Cortes, bispo de Dumanguete, nas Filipinas, que manifestou "preocupação" com a "situação na sua diocese, devido ao aumento contínuo do número de membros da maçonaria".
O bispo filipino "pediu sugestões sobre a forma de lidar adequadamente com esta realidade do ponto de vista pastoral, tendo também em conta as implicações doutrinais", explicou o CDF, citado pela agência de notícias do Vaticano, Vatican News.
Assim, o dicastério reitera que "a adesão ativa à maçonaria por parte de um fiel é proibida, devido à irreconciliabilidade entre a doutrina católica e a maçonaria (cf. a Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé sobre as associações maçónicas, de 1983, e as Orientações publicadas pela Conferência Episcopal em 2003)".
"Aqueles que formal e conscientemente são membros de lojas maçónicas e abraçaram os princípios maçónicos são abrangidos pelas disposições da Declaração acima mencionada. Estas medidas aplicam-se também a todos os clérigos inscritos na Maçonaria", acrescenta.
Sublinhe-se que a Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé sobre as associações maçónicas foi aprovada em 1983 pelo então Papa João Paulo II e dita que os católicos "em associações maçónicas estão em pecado grave e não podem receber a Sagrada Comunhão".
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