As Forças de Defesa de Israel (IDF) publicaram, esta quarta-feira, vídeos e imagens de armas alegadamente armazenadas pelo Hamas no hospital Al-Shifa, onde está a decorrer uma incursão.
O exército terá localizado a "sede operacional [do Hamas], armas e equipamentos tecnológicos no edifício de ressonância magnética do hospital Al-Shifa", onde terá também eliminado membros do grupo islâmico, segundo divulgou a entidade na rede social X (Twitter).
Terão sido também encontradas armas automáticas, granadas, munições e coletes à prova de balas, tal como poderá ver na galeria acima.
De acordo com o porta-voz militar daquele país, Daniel Hagari, as buscas continuam na instituição, que está a abrigar cerca de 9.000 pessoas, incluindo deslocados, pessoal médico e pacientes, entre os quais mais de 30 bebés prematuros.
Vale a pena recordar que o Hamas rejeitou repetidamente usar a instituição de saúde para as suas operações militares, tendo considerado que estas acusações são uma "mentira descarada" por parte de Israel.
יחידת שלדג ויחידות מיוחדות נוספות בפיקוד אוגדה 36, ממשיכות לפעול באופן ממוקד במרחב בית החולים שיפאא' בו הן סורקות אחר תשתיות ואמצעי טרור של ארגון הטרור חמאס.
— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) November 15, 2023
במהלך הכניסה למרחב בית החולים, נתקלו הלוחמים במספר מחבלים וחיסלו אותם >> pic.twitter.com/daQfxrTP07
Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina voltou a negar as declarações de Israel, apontando que “o exército está no hospital e ninguém sabe o que está a fazer ou que armas trouxe para alegar que as encontrou no complexo”, num comunicado citado pela Al-Jazeera.
Por seu turno, o líder do Hamas, Bassem Naim, disse ao mesmo meio que as acusações de Israel são “uma farsa”, ao mesmo tempo que considerou que as provas apresentadas por aquele país são “ridículas” e “não valem de nada". Na ótica do responsável, as IDF pretendem apenas pressionar os hospitais e os profissionais de saúde a abandonar a região.
De notar que o exército de Israel entrou esta quarta-feira naquele que é o maior hospital de Gaza, por considerar que as instalações albergam uma base estratégica do Hamas.
O organismo garantiu que está a realizar uma "operação precisa e seletiva contra o Hamas" neste hospital, mas as autoridades palestinianas temem pela vida dos civis no local e condenam a operação realizada pelos militares israelitas.
Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.
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