"Provas" de Israel não chegam para justificar cerco ao hospital Al-Shifa

O diretor da divisão das Nações Unidas na Human Rights Watch (HRW) clarificou que "os hospitais só perdem proteções se for demonstrado que atos prejudiciais foram cometidos nas instalações".

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© Ahmad Hasaballah/Getty Images

Notícias ao Minuto
16/11/2023 16:14 ‧ 16/11/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Israel/Palestina

A organização Human Rights Watch (HRW) considerou, esta quinta-feira, que as "provas" apresentadas pelas Força de Defesa de Israel (IDF) para justificar o cerco ao hospital Al-Shifa, na Faixa de Gaza, são insuficientes para revogar a proteção daquela instituição de saúde à luz do direito internacional.

"Os hospitais têm proteções especiais ao abrigo do direito humanitário internacional. Médicos, enfermeiros, ambulâncias e outros funcionários hospitalares devem ter permissão para fazer o seu trabalho e os pacientes devem ser protegidos", explicou Louis Charbonneau, diretor da divisão das Nações Unidas na HRW, à agência Reuters.

O responsável foi mais longe, tendo clarificado que "os hospitais só perdem essas proteções se for demonstrado que atos prejudiciais foram cometidos nas instalações".

"O governo israelita não forneceu qualquer evidência disso", constatou.

Sublinhe-se que as IDF alegaram, na quarta-feira, ter encontrado a "sede operacional [do Hamas], armas e equipamentos tecnológicos no edifício de ressonância magnética do hospital Al-Shifa", onde terá também eliminado membros do grupo islâmico.

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O Hamas rejeitou repetidamente usar a instituição de saúde para as suas operações militares, tendo considerado que estas acusações são uma "mentira descarada" por parte de Israel.

Notícias ao Minuto | 20:35 - 15/11/2023

Terão sido também encontradas armas automáticas, granadas, munições e coletes à prova de balas, naquela que é uma operação que prossegue esta quinta-feira.

Vale ainda a pena recordar que o Hamas rejeitou repetidamente usar a instituição de saúde para as suas operações militares, tendo considerado que estas acusações são uma "mentira descarada" por parte de Israel. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina negou, também, as declarações de Israel, tendo apontado que "o exército está no hospital e ninguém sabe o que está a fazer ou que armas trouxe para alegar que as encontrou no complexo", num comunicado citado pela Al-Jazeera.

Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.

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