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"Portas abriram-se". Mulheres transgénero agradecem inclusão do Papa

O Vaticano esclareceu recentemente que um transgénero pode ser batizado "como os demais fiéis".

"Portas abriram-se". Mulheres transgénero agradecem inclusão do Papa
Notícias ao Minuto

16:44 - 19/11/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Papa Francisco

Um grupo de mulheres transgénero que reside no bairro italiano de Torvaianica, nos arredores de Roma, agradeceu a inclusão do Papa Francisco, que afirmou recentemente que as pessoas transgénero podiam ser batizadas.

Este grupo faz parte da comunidade da Santíssima Virgem Imaculada, que abriu as suas portas para as pessoas transgénero durante a pandemia de Covid-19.

Agora, as mulheres dirigem-se todos os meses ao Vaticano para assistir às audiências gerais do Papa Francisco e, este domingo, algumas estiveram entre as cerca de 1.200 pessoas em situação de sem-abrigo ou de vulnerabilidade que participaram no almoço do Dia Mundial dos Pobres da Igreja.

"Antes, a Igreja estava fechada para nós. Não nos viam como pessoas normais, viam-nos como o diabo", disse Andrea Paola Torres Lopez, uma mulher transgénero colombiana, citada pela agência de notícias The Associated Press (AP). "Depois chegou o Papa Francisco e as portas da Igreja abriram-se para nós".

Já Carla Segovia, de 46 anos, afirmou que a população transgénero sente-se "mais humana" devido à inclusão do Papa Francisco. "Nós, transgéneros, aqui em Itália, sentimo-nos um pouco mais humanos. O facto de o Papa Francisco nos aproximar da Igreja é uma coisa linda", disse.

Em agosto, o Papa Francisco afirmou que numa entrevista os transgénero são "filhos de Deus" e referiu que lhe "atiram à cara" que recebe transexuais nas audiências gerais.

"As raparigas saíram a chorar [da primeira vez que foram a uma audiência geral]. Deram-me a mão e disseram: 'Dei a mão ao Papa e deu-me um beijo'. Vocês são filhas de Deus: (...) continua a amar-vos como são", afirmou o Papa

Já este mês, o Vaticano esclareceu que um transgénero pode ser batizado "como os demais fiéis" e servir como padrinho ou madrinha deste sacramento, mas "com condições", em resposta a dúvidas sobre este assunto colocadas por um bispo brasileiro.

Leia Também: Papa diz que "paz é possível" e "guerra é sempre uma derrota"

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