O frágil cessar-fogo entrou oficialmente em vigor na Faixa de Gaza, com bombardeamentos israelitas a caírem sobre o enclave palestiniano até ao último minuto das hostilidades e sirenes a soarem no sul de Israel pouco depois da hora marcada. O acordo deverá durar quatro dias, estando prevista a libertação de 13 reféns esta sexta-feira e de vários prisioneiros, todos eles crianças com 18 anos ou menos, que foram sendo detidos por Israel na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.
Outra questão acordada entre ambas as partes foi o aumento da entrega de ajuda humanitária e, esta manhã, começaram a entrar através da passagem de Rafah os primeiros dos cerca de 230 camiões previstos. A ajuda humanitária é "uma fração" das necessidades da população, admitiu o governo do Qatar, que mediou o acordo, mas pelo menos deverá incluir combustível para ajudar os hospitais ainda em funcionamento a manter as suas operações ativas.
Apesar do acordo, as autoridades israelitas avisaram que não pretendem uma paz duradoura na região, prometendo retomar os ataques sobre a Faixa de Gaza mal o prazo da trégua expire. Ainda assim, os palestinianos não arredam pé e muitos começaram já a regressar às suas casas destruídas, procurando reconstruir aos poucos a vida.