Biden diz que libertação de reféns é "começo" e pede "dois Estados"
O Presidente norte-americano, Joe Biden, reiterou hoje os apelos para uma "solução de dois Estados", a fim de "acabar com o ciclo de violência no Médio Oriente" e afirmou que a libertação dos primeiros reféns "é apenas o começo".
© Lusa
Mundo Israel/Hamas
"Devemos renovar o nosso compromisso de trabalhar por uma solução de dois Estados, onde israelitas e palestinianos possam um dia viver lado a lado, com igual medida de liberdade e igualdade", defendeu o chefe de Estado em declarações à imprensa.
"Dois Estados, para dois povos. Isto é mais importante agora do que nunca", acrescentou, advogando que "continuar no caminho do terrorismo, da violência, do assassinato e da guerra seria dar ao Hamas o que ele procura".
Nas suas primeiras declarações públicas após a libertação de 13 reféns israelitas, 10 tailandeses e um filipino, Biden estimou que existem "possibilidades reais" de prolongar a trégua acordada entre Israel e o movimento islamita Hamas, que entrou em vigor na madrugada de hoje.
Segundo Biden, a libertação dos primeiros reféns "é apenas o começo, mas até agora está a correr bem".
O líder Democrata espera que nos próximos dias dezenas de outros reféns sejam devolvidos às suas famílias.
"Hoje, sejamos gratos por todas as famílias que estão reunidas e por aquelas que o estarão em breve", disse o chefe de Estado, um dia após o feriado norte-americano do Dia de Ação de Graças.
"Todos esses reféns passaram por uma provação terrível e este é o início de uma longa jornada de recuperação para eles", disse.
O Presidente dos Estados Unidos declarou ainda que "encorajou o primeiro-ministro (israelita, Benjamin Netanyahu) a concentrar-se na redução das vítimas civis enquanto tenta eliminar o Hamas", considerando ser "um objetivo legítimo".
"Não sei quanto tempo vai demorar. A minha expectativa e esperança é que, à medida que avançamos, o resto do mundo árabe na região também pressione todas as partes para que ponham um fim a isto o mais rápido possível", afirmou.
O líder norte-americano disse não saber "quando" ocorrerá a libertação dos norte-americanos feitos reféns, cujo estado de saúde desconhece, e que também não sabe "a lista de todos os reféns e quando serão libertados".
"A minha esperança e expectativa é que aconteça em breve", afirmou, recordando "as duas mulheres americanas" e uma menina de quatro anos com dupla nacionalidade -- israelita e norte-americana - que "continuam entre os desaparecidos".
Os Estados Unidos desempenharam um papel importante nas negociações que conduziram às primeiras libertações de reféns, num acordo que foi alcançado graças à mediação do Qatar e com o apoio do Egito.
De acordo com Biden, "esta pausa prolongada nos combates proporciona uma oportunidade crítica para fornecer alimentos, medicamentos, água e combustível tão necessários aos civis em Gaza".
[Notícia atualizada às 20h55]
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