Telavive acusa primeiro-ministro irlandês de "normalizar terrorismo"
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Eli Cohen, acusou hoje o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, de "normalizar o terrorismo" ao ter feito um comentário impróprio sobre a libertação de uma criança israelo-irlandesa.
© Sudan Sovereignty Council / Handout/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Israel/Palestina
Segundo adianta a agência EFE, Cohen aludia ao facto de Varadkar ter celebrado a libertação da rapariga israelo-irlandesa Emily Hand, de nove anos, dizendo que ela "se perdeu" e não mencionando que estava refém do Hamas na Faixa de Gaza.
"Senhor primeiro-ministro, parece ter perdido a sua bússola moral e precisa de uma verificação da realidade. Emily Hand não se 'perdeu', foi raptada por uma organização terrorista pior do que o Estado Islâmico, que assassinou a sua madrasta", escreveu Eli Cohen no twitter, acusando Varadkar de "legitimar e normalizar o terrorismo".
Horas antes, Varadkar tinha celebrado numa declaração através do X (ex-twitter) a libertação de Hand, juntamente com outros 12 reféns israelitas que deixaram no sábado a Faixa de Gaza, no âmbito do acordo de troca de reféns por prisioneiros e do cessar-fogo temporário com o movimento islamita Hamas.
"Este é um dia de enorme alegria e alívio para Emily Hand e a sua família. Uma criança inocente que estava perdida foi agora encontrada e devolvida, respiramos de alívio", disse o líder irlandês, num comentário em que não fez qualquer referência ao Hamas ou ao facto de a criança ter sido levada em cativeiro por milícias palestinianas.
Hand foi raptada durante o ataque das milícias em Israel, em 07 de outubro, quando se encontrava no seu local de residência, o Kibbutz Beeri, uma comunidade colectiva a poucos quilómetros de Gaza, onde dezenas de pessoas foram feitas prisioneiras pelas milícias palestinianas.
A madrasta de Hand foi morta no ataque, enquanto a rapariga foi levada para Gaza juntamente com uma amiga que estava com ela.
No sábado foi libertada com outros 12 israelitas, todos mulheres e menores, para além da libertação de quatro tailandeses que trabalhavam em comunidades agrícolas perto de Gaza.
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