ONG árabe americana pede investigação a alegado crime de ódio
Organização afirma que tudo indica que ataque a três palestinianos no Vermont foi motivado por ódio islamofóbico e racista.
© Reprodução redes sociais Husam Zomlot
Mundo Estados Unidos
Após o ataque de domingo no estado norte-americano do Vermont, o Comité Anti-Discriminação Árabe Americano (ADC, na sigla em inglês) pediu que as autoridades norte-americanas investiguem o tiroteio como um crime de ódio, dando conta que os três jovens alvejados encontram-se vivos.
Num comunicado, divulgado através da rede social Twitter (agora X), a organização não-governamental afirmou que Hisham Awartani, Kinnan Abdel Hamid e Tahseen Ahmed sobreviveram ao ataque. No entanto, sem especificar os nomes, uma das vítimas continua "gravemente ferida", outra está em estado crítico e a terceira deve ter alta esta segunda-feira.
Os três jovens estudantes palestinianos (dois deles têm também nacionalidade norte-americana) foram baleados em Burlington, quando visitavam os parentes de um deles durante o Dia de Ação de Graças nos EUA, com o suspeito, Jason J. Eaton, de 48 anos, a ser detido pouco depois.
All three victims survived the initial shooting, one remains seriously injured, one remains critically injured, and one is expected to be released from the hospital today.
— ADC National (@adc) November 27, 2023
ADC is working closely with the students and their families, including working tirelessly to ensure that… pic.twitter.com/SLI15IXkt0
A organização acrescentou que está a colaborar e a ajudar as famílias dos três jovens, para que "sejam reunidos", apelando ainda que as autoridades "investiguem este tiroteio como um crime de guerra".
"A ADC contactou o Departamento de Justiça e a Polícia Federal para apelar a uma investigação imeditada a crimes de ódio", sublinhou a ONG, direcionada para a proteção de pessoas árabes nos Estados Unidos, sendo que nos últimos tempos tem alertado mais para o aumento da islamofobia e de ataques contra pessoas muçulmanas no país.
A confirmar-se, este não é o primeiro incidente contra pessoas palestinianas após a escalada de violência na Faixa de Gaza. Em outubro, pouco depois do ataque do Hamas e da retaliação israelita sobre a população civil em Gaza, um homem esfaqueou múltiplas vezes e matou um menino palestiniano de 6 anos, tendo sido acusado de crimes de ódio por ter matado a criança e atingido a sua mãe por serem muçulmanos.
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