Estes prisioneiros foram libertados poucas horas antes do final previsto da trégua e após a libertação anteriormente pelo Hamas de oito reféns israelitas detidos na Faixa de Gaza, aos quais se juntaram dois reféns franco-israelitas libertados na quarta-feira.
As autoridades israelitas tinham adiantado hoje à noite a libertação de seis reféns, que foram transferidos da Faixa de Gaza pela Cruz Vermelha para o Egito, seguindo depois para Israel, onde já se encontram.
O braço armado do movimento islamita Hamas, as brigadas Ezzedine al-Qassam, tinham também confirmado que este sétimo grupo de reféns foi entregue à Cruz Vermelha.
Israel tinha divulgado antes a libertação de dois reféns israelitas pelo movimento islamita palestiniano Hamas.
O Fórum das Famílias dos Reféns de Gaza disse que se tratam de duas mulheres, que identificou como Mia Schem, 21 anos, e Amit Soussana, 40, noticiou a agência espanhola EFE.
Dos oito reféns israelitas libertados pelo Hamas, dois menores e seis mulheres, três tinham dupla nacional nacionalidade mexicana, russa e uruguaia, adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar através da rede social X (antigo Twitter).
O Qatar indicou também que entre os 30 palestinianos libertados estão 23 menores e sete mulheres.
Estas libertações ocorrem no âmbito do acordo entre as duas partes que hoje entrou no sétimo dia e que expira na sexta-feira, depois da trégua entre Israel e o Hamas ter sido prorrogada hoje por 24 horas.
Desde sexta-feira, o movimento islamita palestiniano entregou cerca de 10 reféns por dia, enquanto Israel libertou três vezes mais presos palestinianos das suas prisões.
Até agora, 105 reféns do Hamas foram libertados em Gaza, incluindo 81 israelitas e 24 estrangeiros, enquanto Israel libertou 240 prisioneiros palestinos, todos estes mulheres e menores, de acordo com a agência Efe.
A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, 5.000 feridos e cerca de 240 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 55.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 15.000 mortos, na maioria civis, e mais de 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.
Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, 240 palestinianos foram mortos pelas forças israelitas ou em ataques perpetrados por colonos.
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