Sandra Day O’Connor, a primeira mulher a servir no Supremo Tribunal de Justiça dos Estados Unidos, morreu, esta sexta-feira, aos 93 anos.
A morte foi confirmada em comunicado, segundo cita a imprensa norte-americana. Na mesma nota, o Supremo refere que O'Connor morreu "devido a complicações relacionadas com demência avançada, provavelmente Alzheimer, e a uma doença respiratória".
A juíza, que se aposentou em 2006, foi o voto decisivo em alguns dos casos mais controversos no país e inspirou várias gerações, tendo aberto uma porta às mulheres no Supremo Tribunal de Justiça norte-americano, mas também noutros tribunais, naquele que era um campo dominado por homens. Tornou-se conhecida como uma conservadora moderada.
O’Connor foi nomeada para o tribunal em 1981 pelo presidente Ronald Reagan.
"Uma filha do sudoeste americano, Sandra Day O’Connor abriu um caminho histórico como a primeira juíza da nossa nação. Enfrentou esse desafio com determinação destemida, habilidade indiscutível e franqueza envolvente", realçou o presidente do Tribunal, John Roberts.
"No Supremo Tribunal, lamentamos a perda de uma colega querida, uma defensora ferozmente independente do Estado de direito e uma defensora eloquente da educação cívica. E celebramos seu legado duradouro como uma verdadeira funcionária pública e patriota", acrescentou.
O marido, John O'Connor, que sofria de Alzheimer, acabou por morrer, em 2009, aos 79 anos, e a juíza viria a deixar o tribunal antes do seu próprio diagnóstico, tendo-se tornado uma cara da luta contra a doença.
Deixam três filhos.
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