A Guardia Civil deteve onze pessoas que formavam uma organização, com duas filiais em Espanha e Itália, dedicada à distribuição internacional de azeite adulterado.
A operação foi realizada em coordenação com os Carabinieri e a Europol e, entre os dois países, foram efetuadas oito buscas, nomeadamente em cooperativas nas províncias de Ciudad Real, Jaén e Córdoba.
A operação teve início quando a Guardia Civil efetuou uma inspeção a um camião que transportava azeite em Manzanares (Ciudad Real), tendo sido detectadas uma série de anomalias. A partir daqui, deu-se início à 'Operação Omegabad'.
Segundo explica o La Vanguardia, os criminosas recorreram, em Espanha, a uma empresa ligada ao processo de aquisição de azeites de categoria inferior para fazer alterações na categoria de azeites turvos para lampantes [azeite virgem de qualidade inferior], a fim de os converter em virgens e virgens extra. Aqui, misturaram os azeites turvos, um subproduto do azeite, com azeite de melhor qualidade para obter parâmetros de gordura e eritrodiol adequados para permitir o seu comércio.
Já em Itália, duas empresas reuniram azeites provenientes da maioria dos principais países produtores de azeitona, que davam entrada na União Europeia através de Portugal, utilizando os mesmos processos de contrafação e manipulação que em Espanha.
No âmbito desta operação, foram efetuadas oito buscas simultâneas em Espanha e Itália, cinco das quais em instalações de engarrafamento e armazéns de azeite em Ciudad Real, Jaén e Córdoba, tendo sido detidas onze pessoas.
Durante as buscas, foram apreendidos 16 depósitos de azeite e mais de 5.200 litros de azeite adulterado pronto a ser vendido ao público. As autoridades apreenderam mais de 91 mil euros em dinheiro, quatro veículos topo de gama e congelaram várias contas bancárias.
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