"Cada minuto de cativeiro põe em risco a vida" dos reféns, declarou o porta-voz do exército, Daniel Hagari, que instou a comunidade internacional a agir, enquanto defendeu que a Cruz Vermelha "deve ter acesso aos reféns".
"As organizações internacionais sabem qual é o seu mandato e também conhecem os factos: o Hamas está a impedi-las de fazer o seu trabalho", acrescentou.
Alvo de críticas em Israel, o CICV declarou à agência de notícia AFP, no final de novembro, que não sabia onde estavam os reféns e não poderia ter acesso a estes devido à falta de acordo com o Hamas e os seus aliados.
Hagari sublinhou que "138 reféns, crianças, mulheres e idosos estão nas mãos do Hamas há mais de 60 dias em condições brutais e desumanas, e alguns destes têm doenças crónicas".
Vários reféns sofreram ferimentos durante o sequestro de 07 de outubro, segundo o porta-voz, acrescentando que "alguns continuam feridos".
"Todos os dias, todos os minutos são críticos", insistiu.
Mais de 240 reféns israelitas e estrangeiros foram levados à força para a Faixa de Gaza por combatentes palestinianos que atacaram o sul de Israel em 07 de outubro, matando mais de 1.200 pessoas, a maioria civis, segundo as autoridades israelitas.
O exército israelita respondeu imediatamente com intensos bombardeamentos à Faixa de Gaza e por operações terrestres a partir de 27 de outubro.
Uma semana de trégua no final de novembro permitiu a libertação de 105 reféns, incluindo 80 israelitas e pessoas com dupla cidadania trocados por 240 palestinianos detidos em prisões israelitas, no âmbito de um acordo celebrado entre Israel e o Hamas e sob a mediação do Qatar, Egito e Estados Unidos.
Os reféns e detidos palestinianos libertados foram confiados às equipas do CICV e transportados em veículos da organização.
O Hamas descartou agora qualquer nova libertação de reféns sem um cessar-fogo permanente.
"O exército israelita fará tudo ao seu alcance para resgatar nossos reféns e trazê-los para casa. Apelamos aos outros que façam o mesmo", disse Hagari.
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