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Reino Unido sanciona fornecedores militares estrangeiros da Rússia

O Reino Unido anunciou hoje 46 novas sanções contra fornecedores militares estrangeiros da Rússia (indivíduos e entidades), com o objetivo de "perturbar a capacidade" de Moscovo de equipar as respetivas forças militares no conflito em curso na Ucrânia.

Reino Unido sanciona fornecedores militares estrangeiros da Rússia
Notícias ao Minuto

15:00 - 06/12/23 por Lusa

Mundo Ucrânia

Os indivíduos e entidades sancionados incluem fabricantes de armas e importadores de produtos de defesa, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico em comunicado.

A lista inclui "três elementos que apoiam a rede" do grupo paramilitar Wagner e "quatro operadores" de "frotas [marítimas] fantasma" utilizadas pela Rússia para atenuar o impacto das sanções sobre as exportações de petróleo russas impostas pelo Ocidente, de acordo com a diplomacia britânica.

O apoio do Reino Unido aos aliados ucranianos é "firme", vincou o ministério, salientando que as medidas irão "perturbar a capacidade de [o Presidente russo, Vladimir] Putin equipar as suas forças militares através de cadeias de abastecimento de terceiros na Bielorrússia, China, Sérvia, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Uzbequistão".

Entre os sancionados está também o Complexo Industrial Militar Russo, composto por 31 pessoas e entidades ligadas à conceção e fabrico de 'drones' (aparelhos não tripulados) e peças de mísseis e à importação e fornecimento de componentes eletrónicos essenciais. 

Entre estas pessoas contam-se vários gestores de topo e familiares diretos.

A secretária de Estado britânica para as Sanções, Anne-Marie Trevelyan, sublinhou, no mesmo comunicado, que as medidas "vão atingir Putin onde lhe dói, afetando os sistemas de defesa russos e atingindo as cadeias de abastecimento ilegais que apoiam a máquina de guerra da Rússia". 

Estas sanções são anunciadas no mesmo dia em que o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, inicia uma visita de dois dias a Washington para reafirmar o apoio à Ucrânia, numa altura em que os Estados Unidos discutem mais ajuda militar a Kyiv.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Putin aborda conflito no Médio Oriente e guerra na Ucrânia com EAU

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