"O Sinai é a linha vermelha que o Egito não permitirá que seja ultrapassada", afirmou o chefe do Serviço de Informação do Estado, Diaa Rashwan, citado pela agência espanhola Europa Press.
Rashwan considerou que deslocação forçada da população de Gaza levará ao fim da questão palestiniana.
"A questão palestiniana é considerada uma questão de segurança nacional para o Egito", afirmou num comunicado.
Rashwan disse que a liderança egípcia está a trabalhar para a causa do povo palestiniano "com toda a seriedade e de acordo com o papel histórico, consistente e central do Egito em apoiá-la durante muitas décadas".
Denunciou que Israel continua a desafiar a comunidade internacional com ataques contínuos à Faixa de Gaza e a "agressão sem precedentes" à cidade de Khan Younis (sul), "através de bombardeamentos extremamente violentos e incursões terrestres".
Israel transformou Gaza "numa zona de guerra, sem locais seguros" para a população se refugiar, obrigando os palestinianos a abandonar as terras em direção à fronteira de Rafah, a única com o Egito, denunciou.
"Isto faz parte de um plano israelita para obrigar os palestinianos a deslocarem-se, esvaziar a Faixa de Gaza da sua população e liquidar a causa palestiniana de uma vez por todas", afirmou.
Rashwan disse ainda que o Egito manterá a passagem de Rafah permanentemente aberta a pessoas e bens, e avisou que qualquer obstrução virá do lado israelita.
Desde o início do afluxo de ajuda à Faixa de Gaza, passaram em Rafah 3.313 camiões com alimentos, equipamento médico, combustível e gás doméstico.
A passagem foi também usada para retirar de Gaza 682 feridos e mais de 11 mil cidadãos egípcios e de outras nacionalidades, acrescentou.
Israel está em guerra com o Hamas desde 07 de outubro, quando comandos do grupo islamita palestiniano mataram 1.200 pessoas em solo israelita, num ataque sem precedentes, segundo as autoridades.
A resposta israelita foi imediata, com bombardeamentos e operações terrestres em Gaza que o Hamas disse que mataram mais de 17 mil pessoas.
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