EUA prometem resolver outro problema de espionagem com a Alemanha
Os EUA prometeram na segunda-feira resolver outro problema na área da espionagem, com a Alemanha, depois de ter sido divulgada a possibilidade de um alegado agente duplo alemão trabalhar para a CIA.
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Mundo CIA
Revelações de que um operacional, de 31 anos, dos serviços de informações alemão era suspeito de espionagem a favor dos EUA reacenderam as suspeitas entre Berlim e Washington, depois de em 2013 ter sido divulgado que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em Inglês) dos EUA escutava as chamadas do telemóvel da chanceler Angela Merkel.
A chefe do governo alemão, que ficou furiosa na anterior polémica germano-norte-americana suscitada pelas revelações do ex-colaborador da NSA Edward Snowden, disse, durante a visita que está a fazer a Pequim, que "vai ser um caso sério", se as notícias forem verdadeiras.
Washington, conforme é prática sobre questões de espionagem, declinou fazer qualquer comentário. Mas anunciou novos esforços para impedir que o incidente perturbe outra vez as relações com a Alemanha.
"Estamos a trabalhar com a Alemanha para resolver esta questão de forma apropriada", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.
"A relação dos EUA com a Alemanha é incrivelmente importante", disse Earnest, acrescentando que "esta parceria é construída no respeito e baseada em décadas de cooperação e valores partilhados".
A nova tensão sobre espionagem ocorre num momento sensível nas relações entre EUA e Alemanha. O Presidente norte-americano, Barack Obama, tem estado a pressionar os líderes europeus, conduzidos por Merkel, para aumentarem as pressões contra a Federação Russa, por causa da crise na Ucrânia.
Merkel tem enfrentado uma forte pressão interna dos grupos de interesse empresariais para não aplicar medidas dirigidas contra a economia russa -- e uma nova vaga de má publicidade para os EUA na Alemanha dificilmente ajuda a sua posição.
Earnest disse que Merkel e Obama não falaram sobre o assunto durante um telefonema feito na quinta-feira, que foi quase todo dedicado à Ucrânia.
Mas o embaixador dos EUA na Alemanha foi chamado, na sexta-feira à noite, ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Berlim, para discutir notícias que um homem não nomeado tinha estado a dar informações a espiões norte-americanos desde há dois anos.
O procurador-geral federal alemão confirmou na semana passada que o homem foi detido na quarta-feira, sob suspeita de agir para um serviço de informações estrangeiro, mas sem especificar nenhum.
O jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung (FAS) citou, sem identificar, um dirigente do serviço de informações alemão, o BND, que adiantou que todos os sinais apontavam para a probabilidade de o homem trabalhar para os norte-americanos.
O FAS e o Bild am Sonntag, citando fontes dos serviços de informações, adiantaram que o homem tinha trabalhado para a CIA, a quem tinha entregado mais de 200 documentos em troca de 25 mil euros.
A CIA não fez qualquer comentário às alegações.
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