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Professora mostra quadro renascentista e gera caos numa escola em França

Alunos queixaram-se do conteúdo difundido pela professora durante uma aula e os seus colegas decidiram realizar uma greve em seu apoio, referindo que os professores têm falta de proteção.

Professora mostra quadro renascentista e gera caos numa escola em França
Notícias ao Minuto

10:04 - 12/12/23 por Notícias ao Minuto

Mundo França

Uma professora do liceu de Issou, em Yvelines, França, viu-se em maus lençóis depois de ter apresentado uma obra com mulheres nuas, numa da suas aulas. A obra em causa, um quadro renascentista, é a pintura do século XVII, 'Diana e Actaeon', de Giuseppe Cesari.

A apresentação do quadro terá deixado os alunos incomodados, acusando-a ainda de ter feito comentários racistas e islamofóbicos.

A situação causou depois disso alvoroço, também, na sala de professores do liceu. Isto porque os docentes dizem estar em risco com os seus conteúdos a serem constantemente contestados e a sentirem-se inseguros na sua profissão.

Segundo o Libération, os alunos ter-se-ão queixado da situação a outros docentes, tendo posto em causa inclusive a religião da professora. Os mesmos comentários terão sido feitos em casa, dado que a administração escolar recebeu queixas dos pais, que visavam a docente.

Perante a situação, os professores queixam-se de falta de proteção e terão organizado uma greve para esta segunda-feira.

A situação levou o ministro da Educação francês ao local. Gabriel Attal anunciou à imprensa "processos disciplinares contra os alunos responsáveis por esta situação e que admitiram os factos", admitindo que terão exagerado nos factos comunicados.

A imprensa francesa refere que o caso fez os professores se lembrarem do caso de Samuel Paty", professor de história e geografia que foi morto a 16 de outubro de 2020, a poucos metros da sua escola em Conflans-Sainte-Honorine, no Yvelines, por um islamista radicalizado de 18 anos. Alguns dias antes, tinha mostrado aos seus alunos caricaturas de Maomé durante uma aula sobre liberdade de expressão. Uma aluna da escola espalhou então a ideia - falsa - de que o professor tinha pedido aos alunos muçulmanos que se aproximassem e saíssem da sala de aula, apesar de não ter assistido à aula.

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