Scholz aponta que decisão da UE é "sinal forte de apoio" à Ucrânia
O chanceler alemão, Olaf Scholz, considerou hoje que a decisão da União Europeia (UE) de abrir negociações de adesão com a Ucrânia representa "um sinal forte de apoio" e oferece "uma perspetiva" ao país.
© Emmanuele Contini/NurPhoto via Getty Images
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"Acabámos de decidir iniciar conversações de adesão com a Ucrânia e também com a Moldova. É claro que estes países fazem parte da família europeia", escreveu Scholz numa mensagem publicada na sua conta da rede social X (antigo Twitter).
Por sua vez, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, saudou hoje a abertura pelo Conselho Europeu do processo negocial de adesão com a Ucrânia e afirmou que Roma desempenhou um papel importante para essa decisão.
Meloni expressou grande satisfação pelos passos concretos no sentido do processo de alargamento dados no Conselho Europeu para a Ucrânia e a Moldova e também a Geórgia e a Bósnia-Herzegovina, indicou o seu gabinete, no palácio Chigi, num comunicado.
"Este é um resultado com grande valor para a União Europeia e para Itália, resultante de negociações complexas em que o nosso país desempenhou um papel importante no apoio ativo tanto os países do Trio Oriental e a Bósnia-Herzegovina, como os países dos Balcãs Ocidentais", afirmou o gabinete da chefe do executivo italiano.
O Conselho Europeu decidiu hoje abrir as negociações formais de adesão à UE com a Ucrânia e a Moldova, anunciou o presidente da instituição, Charles Michel, falando num "sinal claro de esperança" para estes países.
"O Conselho Europeu decidiu abrir negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldova", anunciou Charles Michel, numa publicação na rede social X (antigo Twitter), após horas de discussões entre os chefes de Estado e de Governo da UE, hoje reunidos em cimeira europeia em Bruxelas, um encontro marcado pelas ameaças húngaras de veto a decisões como a agora conhecida.
Para o presidente do Conselho Europeu, este é "um sinal claro de esperança para os cidadãos destes países e para o continente" europeu.
A porta-voz de Charles Michel precisou depois à imprensa em Bruxelas que "o Conselho Europeu tomou uma decisão e ninguém a contestou", isto depois de a Hungria ter vindo ameaçar vetar a decisão de abertura de negociações formais com a Ucrânia por preocupações relacionadas com a corrupção no país.
A Ucrânia tem estatuto de país candidato à UE desde meados de 2022.
A decisão de hoje, de abertura de negociações formais, surge depois de o executivo comunitário ter recomendado, em meados de novembro, que o Conselho avançasse face aos esforços feitos por Kiev para cumprir requisitos sobre democracia, Estado de direito, direitos humanos e respeito e proteção das minorias, embora impondo condições como o combate à corrupção.
Bruxelas vincou que a Ucrânia tem de fazer progressos que serão avaliados num relatório a apresentar em março de 2024.
O alargamento é o processo pelo qual os Estados aderem à UE, após preencherem requisitos ao nível político e económico.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 21 meses um elevado número de vítimas, não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.
A invasão -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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