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Gaza. Funcionários da ONU querem que operação seja considerada genocídio

Um grupo de funcionários das Nações Unidas (ONU) pretende que aquele organismo qualifique as ações do exército israelita na Faixa de Gaza como "genocídio", noticiou quinta-feira a agência EFE.

Gaza. Funcionários da ONU querem que operação seja considerada genocídio
Notícias ao Minuto

06:21 - 15/12/23 por Lusa

Mundo ONU

Através de uma petição, este grupo de funcionários apelou à relatora da ONU para a prevenção do genocídio, Alice Wairimu Nderitu, para que tome a mesma posição que tomou em relação ao conflito ocorrido em Darfur (Sudão) ou no Nagorno-Karabaj (Azerbeijão).

No mesmo sentido, o texto da petição lamenta que Alice Wairimu Nderitu não condene a "punição coletiva dos palestinos" em Gaza, como condenou o ataque do Hamas em 07 de outubro.

Segundo os signatários desta petição, no único comentário feito pela relatora da ONU a este conflito, em 15 de outubro, não foi manifestada uma condenação à "desumanização dos palestinianos" ou ao uso da fome como "arma de guerra" ou á "ordem ilegal e desumana de Israel" para "forçar a deslocalização" de mais de uma milhão de palestinianos.

Na nota enviada a Alice Wairimu Nderitu, os signatários que as ações e o discurso de Israel equivalem a uma intenção de "genocídio", de acordo com a convenção da ONU.

Questionando hoje numa conferência de imprensa sobre a posição do secretário-geral, António Guterres, sobre a sua recusa em usar o termo "genocídio", o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse ter "plena confiança no trabalho de Alice Nderitu.

O porta-voz assegurou que António Guterres "está muito preocupado" com a forma como os civis estão a ser a sofrer com esta guerra e apelou a que não se use linguagem "desumanizante".

A questão do "genocídio" tem estado há vários dias no centro do debate, devido à possibilidade da sua aplicação no que está a acontecer na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que ocorre uma discussão sobre os crimes de guerra ou o direito humanitário internacional.

A ONU defende que cabe aos especialistas jurídicos classificar legalmente esses crimes para, eventualmente, os levar a tribunal.

O ataque inicial do Hamas a Israel, sem precedentes desde a criação do Estado de Israel em 1948, provocou, segundo as autoridades de Telavive, 1.200 mortos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel tem bombardeado Gaza e bloqueou a entrada de bens essenciais como água, medicamentos e combustível.

Embora os dois lados tenham feito uma trégua de alguns dias para troca de prisioneiros e reféns, bem como para possibilitar o acesso de ajuda humanitária, os combates foram retomados e o número de mortos em Gaza ultrapassa os 18 mil -- 70% dos quais mulheres, crianças e adolescentes --, vítimas dos intensos bombardeamentos israelitas ao enclave palestiniano, segundo o Ministério da Saúde tutelado pelo Hamas, que controla Gaza desde 2007.

Leia Também: Reino Unido sanciona Irão devido a ligações ao Hamas e Jihad islâmica

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