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Ministro de extrema-direita defende ocupação total da Faixa de Gaza

O ministro do Património de Israel, Amichai Eliyahu, de extrema-direita, defendeu hoje a ocupação total da Faixa de Gaza após o fim da guerra com o grupo islamita palestiniano Hamas.

Ministro de extrema-direita defende ocupação total da Faixa de Gaza
Notícias ao Minuto

11:35 - 15/12/23 por Lusa

Mundo Israel

"Qualquer pessoa que tenha a ilusão de que [o Hamas] vai voltar a governar não se quer lembrar do que aconteceu", disse Eliyahu, citado pela agência espanhola Europa Press.

Em novembro, Eliyahu suscitou a condenação generalizada dos países da região por ter afirmado que o lançamento de uma bomba nuclear na Faixa de Gaza poderia ser uma opção para acabar com o Hamas.

Também já tinha defendido em agosto a ocupação da Faixa de Gaza por colonos israelitas.

A Faixa da Gaza é um pequeno território palestiniano com 2,3 milhões de pessoas que está sob o controlo do Hamas desde 2007, ao contrário da Cisjordânia, cuja parte não ocupada por Israel é governada pela Autoridade Palestiniana.

Israel declarou guerra ao Hamas depois de o grupo islamita ter matado 1.200 pessoas em solo israelita em 07 de outubro, e feito 240 reféns, segundo as autoridades.

Em retaliação, Israel tem em curso uma ofensiva aérea e terrestre na Faixa de Gaza que causou a morte a mais de 18.600 pessoas desde então, de acordo com as estruturas de saúde do Hamas.

Eliyahu disse que os ataques de 07 de outubro "foram a coisa mais desprezível que aconteceu desde o Holocausto", segundo o diário israelita Haaretz.

O Holocausto foi a perseguição sistemática e o extermínio de seis milhões de judeus, e de outras minorias étnicas, levada a cabo pelo regime nazi da Alemanha entre 1933 e o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O atual Governo israelita chefiado por Benjamin Netanyahu (Likud) resulta de uma coligação de direita, extrema-direita e ultraortodoxos.

Eliyahu, membro do Otzma Yehudit, o partido liderado pelo ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, também defendeu os soldados que cantaram e entoaram orações judaicas aos altifalantes de uma mesquita na cidade de Jenin, na Cisjordânia.

"Para vencer é preciso um pouco de crueldade. Para ganhar é preciso ser um pouco assustador", afirmou.

Os soldados foram suspensos pelo exército, mas Ben Gvir criticou a decisão, que considerou vergonhosa.

"É lamentável que o Ministério da Defesa introduza a política nas Forças de Defesa de Israel", declarou o ministro da Segurança Nacional nas redes sociais, citado pela Europa Press.

Gvir considerou os soldados como heróis que "arriscaram a vida na operação em Jenin e que a decisão de os suspender "prejudica a moral" dos elementos das forças israelitas.

Ao anunciar a suspensão, o exército israelita considerou o comportamento dos soldados como grave e "totalmente contrário aos valores" das Forças de Defesa de Israel.

Desde o início da guerra em 07 de outubro, mais de 260 palestinianos foram mortos pelo exército ou em ataques de colonos israelitas na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental, segundo as autoridades.

Leia Também: EUA referem preparação de "nova fase" da guerra contra Hamas em Gaza

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