Hezbollah reivindica três novos ataques ao norte de Israel
O grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou hoje três novos ataques a diferentes posições militares no norte de Israel, em mais um dia de tensão e violência na fronteira entre o Líbano e o Estado hebraico.
© Lusa
Mundo Israel/Palestina
Numa série de comunicados, o Hezbollah afirmou ter atacado "com armas apropriadas", que não especificou, "uma concentração de soldados e veículos israelitas nas imediações da localidade de Hamra", próxima da fronteira, no norte do território israelita.
Ao longo do dia, as milícias atacaram com artilharia "duas plataformas da Cúpula de Ferro (sistema de defesa aérea israelita) no norte do colonato de Capri e atingiram os seus alvos".
Posteriormente, lançaram "uma série de mísseis/'rockets' contra a aldeia ocupada de Al-Khalisa (designada como colonato de Kiryat Shmona) em resposta ao ataque de Israel às cerimónias fúnebres em Aita al-Shaab".
Segundo os comunicados, nenhum dos ataques causou vítimas mortais, mas o Hezbollah advertiu de que "qualquer dano a civis será recíproco", pouco depois de um míssil israelita ter caído perto do local das exéquias de um combatente do grupo xiita no sul do Líbano.
No domingo, o Hezbollah tinha reivindicado cinco ataques a posições militares no norte de Israel, que estacionou mais de 200.000 soldados na sua fronteira norte.
A fronteira entre Israel e o Líbano atravessa o seu período de maior tensão desde a guerra que tropas israelitas e o Hezbollah travaram em 2006, com uma troca de fogo que começou a 08 de outubro, um dia após a eclosão da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, que já fez mais de 19.400 mortos na Faixa de Gaza, segundo o Governo local, e mais de 1,9 milhões de deslocados, segundo a ONU.
A guerra foi desencadeada pelos massacres perpetrados pelo Hamas a 07 de outubro em território israelita, que fizeram 1.139 mortos, na maioria civis, segundo os mais recentes dados oficiais israelitas. Foram também feitos cerca de 250 reféns no dia do ataque, 129 dos quais se encontram ainda em cativeiro em Gaza.
Em pouco mais de dois meses, a violência entre o Hezbollah e o Exército israelita obrigou mais de 55.000 pessoas a abandonar as suas casas no sul do Líbano, além de causar dezenas de mortos, muitos dos quais civis, centenas de feridos e elevados danos materiais só daquele lado da fronteira.
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