Num comunicado, o primeiro-ministro tailandês, Srettha Thavisin, disse que a nova lei vai permitir que os casais do mesmo sexo tenham os mesmos direitos que os casais heterossexuais e vai promover a unidade familiar com diversidade de género.
Vários grupos ativistas marcaram para hoje uma marcha para apoiar a igualdade no acesso ao casamento e os direitos da comunidade LGTBI (lésbicas, gays, transexuais, bissexuais e intersexuais).
Embora a Tailândia, uma monarquia conservadora de crença maioritária budista, tenha uma das maiores e mais visíveis comunidades LGBTI da Ásia, muitos dos membros enfrentam graves dificuldades e discriminação, e os ativistas argumentam que as leis do país não refletem as mudanças e atitudes na sociedade.
Em 2022, a Câmara dos Representantes, a câmara baixa do parlamento, debateu diversos projetos de lei nesse sentido, que iam desde uniões civis para casais do mesmo sexo até à igualdade no casamento.
No entanto, os deputados não aprovaram nenhuma das propostas antes da dissolução do parlamento, a propósito das eleições gerais realizadas em maio de 2023.
O atual projeto de lei vem de uma dessas propostas, promovida pelo partido Move Forward (Avançar) - que ganhou as eleições, mas não conseguiu formar Governo - e que tinha sido aprovada pelos deputados numa primeira votação, na generalidade.
Na Tailândia, os projetos de lei devem passar por três votações na Câmara dos Representantes, antes de passarem pelo Senado e receberem a aprovação do Tribunal Constitucional para poderem entrar em vigor, com a assinatura do rei.
Caso esta lei for aprovada pelo Parlamento e receber o consentimento do monarca, a Tailândia poderá tornar-se o terceiro país da Ásia, depois de Taiwan (em 2019) e do Nepal (em junho deste ano), a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
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