Uma unidade de forças especiais do Exército israelita está encarregada de localizar e, em muitos casos, destruir estas passagens subterrâneas, segundo um comunicado militar.
Essa unidade, o comando de elite Shaldag da Força Aérea israelita, procura nos túneis postos de comando e instalações utilizadas pelo Hamas para combater, de acordo com o comunicado.
"A guerra subterrânea é uma estratégia de combate usada pelo Hamas", declarou o Exército israelita que repetidamente denuncia que os túneis se situam debaixo de "escolas, hospitais, mesquitas, instalações das Nações Unidas e instituições civis".
A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.139 mortos, na maioria civis, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas, e cerca de 250 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território e que entretanto se estendeu também ao sul.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 74.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 19.600 mortos, na maioria civis, e mais de 52.500 feridos, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e cerca de 1,9 milhões de deslocados, segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.
Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, mais de 280 palestinianos foram mortos desde 07 de outubro pelas forças israelitas e em ataques perpetrados por colonos.
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