As execuções terão ocorrido no quadro da ofensiva militar maliana contra movimentos fundamentalistas islâmicos.
Fontes da segurança e da sociedade civil disseram que entre 27 e 28 pessoas foram alegadamente executadas num mercado local e afirmaram que tinham sido baleadas.
Os corpos foram enterrados horas depois na cidade.
O exército maliano, que não comentou as acusações, garantiu que durante a operação "neutralizou" onze "terroristas" e apreendeu treze veículos, armas e rádios, segundo um comunicado publicado na sua conta da rede social X.
A operação enquadra-se na luta contra "grupos armados terroristas" e, no comunicado, o Estado-Maior do Exército garante à população que vai continuar as suas ações para garantir a segurança em todo o território e pede que "mantenha a calma e a tranquilidade".
Nos últimos anos, foram registados numerosos casos de assassínios perpetrados pelo exército e por mercenários do Grupo Wagner.
No centro do Mali, registaram-se igualmente massacres e confrontos intercomunitários entre membros dos Peul - pastores tradicionalmente muçulmanos identificados com grupos islamistas - e os Dogon, uma comunidade agrícola protegida por milícias de autodefesa.
O Mali é atualmente governado por uma junta militar após os golpes de Estado de agosto de 2020 e maio de 2021, ambos liderados por Assimi Goita, o atual Presidente de transição.
Goita afastou-se da antiga potência colonial, França, e apelou à retirada das forças de manutenção da paz da ONU, ao mesmo tempo que estreitou as ligações à Rússia.
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