Israel. Pentágono visita porta-aviões para evitar alastramento da guerra
O secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, visitou hoje o porta-aviões USS Gerald R. Ford para se encontrar com marinheiros estacionados no Médio Oriente com a missão de evitar a propagação da guerra entre Israel e o Hamas.
© Getty Images
Mundo Israel
O responsável do Pentágono esteve na região nos últimos dias para pressionar Israel a mudar a sua operação de bombardeamentos contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza e usar uma campanha mais limitada, bem como uma transição mais rápida para responder às necessidades humanitárias dos civis palestinianos.
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos têm receio de que Israel lance uma operação militar semelhante ao longo da sua fronteira norte com o Líbano para expulsar militantes do movimento xiita Hezbollah, apoiado pelo Irão, abrindo potencialmente uma segunda frente e alargando a guerra no Médio Oriente.
Numa conferência de imprensa em Telavive na segunda-feira, Austin não confirmou se as tropas dos Estados Unidos poderiam ser ampliadas para defender Israel caso a sua campanha se expandisse para o Líbano, e o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, pareceu suavizar a retórica recente de que uma frente norte era iminente.
Usando o sistema de som do porta-aviões, que navega a algumas centenas de quilómetros da costa de Israel, Austin agradeceu aos marinheiros e às suas famílias por terem desistido de passar as férias juntos por causa desta missão.
Às vezes, as nossas maiores conquistas são as coisas más que evitamos que aconteçam", disse Austin aos marinhos norte-americanos.
"Num momento de enorme tensão na região, todos vocês têm sido uma peça chave na prevenção de um conflito regional mais amplo", prosseguiu.
O porta-aviões USS Gerald R. Ford é um dos dois grupos de ataque de porta-aviões dos Estados Unidos que acompanham o conflito. O outro, o USS Dwight D. Eisenhower, efetuou patrulhas recentes perto do Golfo de Aden, onde vários navios comerciais foram atacados nas últimas semanas.
O grupo rebelde iemenita Huthi, apoiado pelo Irão, prometeu continuar a atacar navios comerciais que transitam no Mar Vermelho com mísseis balísticos e 'drones' até que Israel cesse o seu devastador bombardeamento da Faixa de Gaza, que já matou mais de 19 mil palestinianos.
Para combater os ataques de navios mercantes, Austin anunciou na terça-feira uma nova missão marítima internacional para fazer com que os países enviassem seus vasos de guerra e outros recursos para o sul do Mar Vermelh e proteger os cerca de 400 embarcações comerciais que transitam diariamente pela região.
Desde que o USS Gerald R. Ford deixou Norfolk, na primeira semana de maio, os caças e aviões de vigilância do porta-aviões realizaram mais de 8.000 missões e a sua tripulação consumiu 255 mil bebidas energéticas.
Após um ataque sem precedentes do Hamas que causou cerca de 1.200 mortes e cerca de 240 sequestros em território israelita em 07 de outubro, o Exército de Telavive conduziu desde então uma poderosa ofensiva aérea, terrestre e marítima na Faixa de Gaza.
A operação militar já deixou mais de 19 mil mortos e acima de 51 mil feridos, a maioria dos quais mulheres, crianças e idosos, segundo números das autoridades locais de Gaza, controladas pelo grupo islamita palestiniano, bem como 1,9 milhões de deslocados, 85% da população total do enclave, de acordo com a ONU.
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