Meteorologia

  • 18 NOVEMBER 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 19º

Tribunal de Hong Kong mantém acusação de sedição contra editor Jimmy Lai

Um tribunal de Hong Kong rejeitou hoje um pedido da defesa de Jimmy Lai e manteve a acusação de sedição contra o editor e ativista pró-democracia.

Tribunal de Hong Kong mantém acusação de sedição contra editor Jimmy Lai
Notícias ao Minuto

06:30 - 22/12/23 por Lusa

Mundo Jimmy Lai

Lai, de 76 anos, foi acusado de conluio com forças estrangeiras para pôr em perigo a segurança nacional da China e de conspirar com outros para divulgar publicações sediciosas, depois de ter sido detido na sequência dos protestos antigovernamentais ocorridos em 2019 na região semiautónoma chinesa.

O fundador do jornal Apple Daily, encerrado em junho de 2021, pode ser condenado a prisão perpétua ao abrigo da lei de segurança nacional imposta por Pequim ao território em 2020.

Os juízes, Esther Toh, Susana D'Almada Remedios e Alex Lee, aprovados pelo Governo para supervisionar o processo, decidiram que o Ministério Público tinha apresentado a acusação dentro do prazo.

A lei exige que o processo de acusação de sedição tenha início no prazo de seis meses depois de a alegada infração ter sido cometida.

"O pedido da defesa deve ser rejeitado", escreveram no acórdão, depois de, no início desta semana, terem começado a ouvir os argumentos de ambas as partes sobre se a acusação tinha ultrapassado o prazo para acusar Lai de sedição.

O julgamento deverá decorrer durante cerca de 80 dias, sem júri.

Os Estados Unidos e o Reino Unido criticaram a acusação contra Lai, tendo Pequim considerado estes comentários irresponsáveis, afirmando que iam contra o direito internacional e as normas básicas das relações internacionais.

Governos estrangeiros, empresários e juristas estão a acompanhar de perto o caso, relacionado com o Apple Daily, e considerado por vários observadores um julgamento das liberdades da cidade e um teste à independência judicial no centro financeiro asiático.

Antiga colónia britânica, Hong Kong regressou à soberania chinesa em 1997 com a promessa de que a cidade podia manter as liberdades cívicas de estilo ocidental durante 50 anos. Essa promessa tornou-se cada vez mais frágil desde a introdução da lei de segurança, que levou à detenção de muitos ativistas pró-democracia.

Outrora visto como um bastião da liberdade de imprensa na Ásia, a região administrativa especial chinesa ficou em 140.º lugar entre 180 países e territórios no último Índice Mundial de Liberdade de Imprensa da organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras.

Os governos de Hong Kong e da China saudaram a lei de segurança nacional por trazer de volta a estabilidade à cidade após os protestos de 2019.

Leia Também: EUA pedem às autoridades de Hong Kong que libertem Jimmy Lai

Recomendados para si

;
Campo obrigatório